Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

Lido por aí

Acabo de tropeçar nisto (por aqui) e é com profundo espanto que observo um crítico de literatura a ter um colapso, um ataque histérico.

Edward Champion (New York-based free-lance writer) teria acabado de ler "The Kindly Ones" por Jonathan Littell: um livro tão mau, mas tão mau, que por pouco lhe provocara um AVC.

 

Depois do caos lançado e o review feito no Sun Times, (no passado 29 de Março), aqui, Edward explica que nenhuma das suas críticas são tomadas de animo leve, pois leva em conta todo o trabalho (bom ou mau) de alguém. Surpreende-se contudo com o facto de este livro apresentar tamanha aceitação em França.

 

Existem vozes discordantes que tentam fazer uma outra leitura, do que alguns consideram uma novela pornográfica nazi:

 

"(...) Mass executions and burials; incest fantasies and brutal concentration camp scenes. The historical detail is extraordinary, and the five years research by the author has been highly commended by military experts. But all the time you ask yourself "what is this book for? What did Littell write it for? And what am I reading it for, when some of it is so incredibly disgusting?"

This is particularly true of the graphic sexual content which has done the most to inflame reviewers, leading some to label it nazi porn. (...)"

 

Mas nesta review há algo que desperta a atençaõ: "I ended up with only strange, uncomfortable questions."

 

Terá Jonathan Littell realmente querido tocar em algumas feridas ou será somente uma especulação, o mero uso da violência e a atitude-choque para fins comerciais?

Inclino-me para a segunda opção dado que também esta novela alia uma outra característica  nefasta tão comum nos nossos dias: o livro a metro/ a quilo.

Pelo panorama actual nas nossas livrarias, temo que os escritores desconheçam o conceito  de "capacidade de sintese". Todos querem ser o novo Tolstoi ou o novo Eça.

Não há pachorra, irra!