Arquivo Universal - A Condução do Documento e a Utopia Fotográfica Moderna
Para os amantes da fotografia, o Museu do "Tio Berardo" presenteou-nos com a exposição intitulada "Arquivo Universal - A Condução do Documento e a Utopia Fotográfica Moderna".
Distribuídas por várias salas, centenas de fotografias preenchem as paredes. Entre estas, alguns dos ícones da modernidade tais como as dos construtores do Empire States Building de Lewis W. Hine.
Cada sala está dedicada a um tema e a uma época específica, seguindo a História, os movimentos e conceitos por detrás de cada imagem: o modelo da fotografia documental, da política, artística, propagandista:
- é chocante ver as fotografias fabris do inicio do século XX pejadas de crianças (Lewis W. Hine);
- é triste vermos a pobreza e o desespero dos desempregados na década de 1930 (Walter Ballhause);
- é fascinante ver alguns dos locais mais históricos (Juan Rulfo);
- é belo ver a natureza (William H. Jackson);
- é engraçado ver algumas estranhas construções (José Martínez Sánchez);
- é incómodo vermos os despojos de guerra (George Barnard);
- é curioso ver a vida americana da década de 1950 que tentavam esconder (Robert Frank);
- é muito "giro" vermos os nossos ícones (Sintra) sob o olhar do estrangeiro de outros tempos.
Neste apanhado fotográfico, os portugueses não foram esquecidos.
Podemos ver fotografias de Victor Palla e António Sena da Silva.
É uma exposição que deve ser vista de modo faseado: é muito longa (abrange quase 3/4 de século!), os suportes são por vezes pequenos, as fotografias são dignas de pormenorizada observação, a identificação das mesmas por vezes não é a melhor (causa por vezes confusão), pontuais documentários visuais e os textos apresentados, o folhedo-guia e as pranchas devem ser consultados.