"É um caos!"
Numa consideração muito pessoal, o Carnaval Português é sinónimo de um imenso caos divertido que convida toda a comunidade a participar e que contagia, sem forçar, todos em seu redor.
É deste caos que eu gosto.
É com este Carnaval que ainda me consigo identificar.
Foi um cheirinho disto que se pode ver hoje na Baixa de Lisboa.
Encabeçada pela malta do Chapitô, foram uns tímidos Caretos que abriram caminho por entre a multidão ao som dos Toca a Andar e sob uma chuva de serpentinas dos espectadores.
Este muito pouco homogéneo e pouco convencional desfile, foi pautado por criançada vestida de espantalhos, joaninhas, fadas, de heróis, no meio de adultos de carantonhas horripilantes que atiravam confétis e papelinhos.
Seguindo uma banda com 8 músicos, muita-muita gente à paisana foi engrossando esta "procissão".
Ora digam lá, se os tipos não são "contagiantes"?
"pa-papapa-ra-ra"
Um outro grupo tocava um "Cheira a Lisboa", desafiando quem os visse passar a fazer coro com eles.
Outro, mais atrás, demonstrava o porquê da fama das sonoras gaitas-de-fole.
Tudo termina no largo do Rossio (Praça D. Pedro IV), num grande bailarico, onde no palco, uma Banda Filármónica tocava ao estilo de Glenn Miller ou das Andrews Sisters e outros "booogie woggie"s do género - ok, talvez não tenham tocado este último, mas teria sido divertidissimo se o tivessem feito. :)
Ninguém ficou indiferente e todos arriscavam uns passinhos de dança.
De tudo, só faltou os "meus" adorados cabeçudos, os "verdadeiros", sabem? Os lá de cima., de Trás-os-Montes.