Casa-Museu Medeiros e Almeida
Algures no tempo, já mencionei que os meus museus favoritos são as casas-museus.
Não são tão impessoais e cheira a... casa. Cheira a conforto, ainda que o seu recheio seja de uma ostentação sem igual.
É neste contexto que se insere a Casa-Museu Medeiros e Almeida (Fundação) - Lisboa.
Um espaço que dá primazia às Artes Decorativas.
Distribuído por três pisos num mui simpático palacete, vemos inúmeros contadores e outro mobiliário francês, estatuária portuguesa, porcelanas nórdicas de linda policromia e ornamentação onde o realismo impera (dois candelabros fabulosos de quatro hastes cada ,sobre uma cómoda Luis XV - com borboletas muito delicadas feitas em metal).
Os tectos das salas, nomeadamente o da sala do piano e o da sala anexa em delicados vegetalismos (assemelham-se às chinoiseries na versão portuguesa, mas mais naturalistas e menos "atafulhadas" de desenhos).
Subindo uma escadaria simples, chegamos aos aposentos privados onde tudo foi disposto como se ainda hoje fossem utilizados. Pequenos detalhes denunciam isso: uma cama aberta, um chapéus e bengala "esquecidos" sobre uma cadeira, um armário com telefonia semi aberto, livros "espalhados".
Foi muito engraçado quando todos os relógios começaram a dar as horas, numa sinfonia sincronizada.
E as jóias?
E os quadros de Botelho?
E as caixinhas de rapé de todos os tamanhos e feitios - só suplantadas com pela gigante colecção na Fundação Oriente?
E quando no meio de relógios e outras maquinetas deparamo-nos, num minúsculo relógio de bolso, com uma representação de sexo explicito??
AHAHAH Hilariante!
Como aos Sábados, das 10h - 13h a entrada é gratuita, aconselho a uma visita faseada.
Há muito para descobrir para quem vai com olhos de verrrrr ---> O_O
Informação adicional:
- proibida a captação de imagens
- o folheto que geralmente serve um pouco de guia da exposição/ do local, é paupérrimo de conteúdo.
- site: AQUI