Prenda de Natal do Oriente
"Lisboa foi, desde o século XVI, o grande centro produtor e exportador do azulejo, inventando uma forma muito especial de viver com ele (...)"
Esta é uma forma muito clara de como pode ser caracterizada esta Arte Decorativa, tão característica da cultura portuguesa.
Mais do que a técnica apresentada em alguns artísticos painéis azulejares, com a sua irrepreensível forma de representação dos grandes mestres, sempre me fascinou a capacidade destes "ladrilhadores" (??) nacionais de adaptarem os painéis aos espaços com o "velho estilo português": o desenrasca.
Ao contrário da mestria dos Holandeses, que milimétricamente calculavam o espaço e pintavam cada painel, cada azulejo como se de uma miniatura se tratasse, os Portugueses primaram pela sua atenção à envolvente, não se privando de por vezes, fazer ajustes(leia-se: descarados cortes) aquando da colocação dos painéis.
É comum observar figuras atarracadas: graças a um equivoco na recolha das medidas, a sua altura inicial ultrapassou o espaço a ela destinada. Com os Holandeses (uma "potência" exportadora da época) isto seria impensável!
Os artistas portugueses, conseguiram até tirar partido da forma deficiente de cosedura que provocava a diferente coloração de cada fornada, de cada quadrado cerâmico.
Um bom exemplo são as cozinhas "brancas": a variação da paleta de cremes, pérolas, branco explorada ao máximo.
O livro "Caminho do Oriente" é um levantamento desta arte decorativa sobre algumas zonas históricas de Lisboa.
São mostrados e descritos os azulejos geométricos pombalinos nas fachadas dos edifícios, painéis e silhares no interior de igrejas, conventos ou palácios que ainda subsistem.
De leitura muito fácil e agradável visualização, este breve Guia apresenta sucintamente padrões utilizados, algumas Escolas e Fábricas, artistas e técnicas.
Acompanhado por uma bibliografia com alguns dos mais importantes nomes na área, permite aos interessados a orientação necessária a um estudo mais aprofundado.
Outra mais valia deste livro, é o permitir traçar um roteiro pessoal a quem quiser ver estas obras ao vivo.
Zonas de Lisboa focadas: Santa Apolónia, Cruz de Pedra, Xabregas a Marvila.
detalhes:
ARRUDA, Luísa, Guia do Azulejo - Caminho do Oriente, Livros Horizonte, 1998.
Informação adicional:
Como eu sei que eles (ele e ela) sabem que eles sabem que eu sei, este livro pode ser adquirido na Byblos Livrarias.
>>Maria
(7.5/10)
Esta é uma forma muito clara de como pode ser caracterizada esta Arte Decorativa, tão característica da cultura portuguesa.
Mais do que a técnica apresentada em alguns artísticos painéis azulejares, com a sua irrepreensível forma de representação dos grandes mestres, sempre me fascinou a capacidade destes "ladrilhadores" (??) nacionais de adaptarem os painéis aos espaços com o "velho estilo português": o desenrasca.
Ao contrário da mestria dos Holandeses, que milimétricamente calculavam o espaço e pintavam cada painel, cada azulejo como se de uma miniatura se tratasse, os Portugueses primaram pela sua atenção à envolvente, não se privando de por vezes, fazer ajustes(leia-se: descarados cortes) aquando da colocação dos painéis.
É comum observar figuras atarracadas: graças a um equivoco na recolha das medidas, a sua altura inicial ultrapassou o espaço a ela destinada. Com os Holandeses (uma "potência" exportadora da época) isto seria impensável!
Os artistas portugueses, conseguiram até tirar partido da forma deficiente de cosedura que provocava a diferente coloração de cada fornada, de cada quadrado cerâmico.
Um bom exemplo são as cozinhas "brancas": a variação da paleta de cremes, pérolas, branco explorada ao máximo.
O livro "Caminho do Oriente" é um levantamento desta arte decorativa sobre algumas zonas históricas de Lisboa.
São mostrados e descritos os azulejos geométricos pombalinos nas fachadas dos edifícios, painéis e silhares no interior de igrejas, conventos ou palácios que ainda subsistem.
De leitura muito fácil e agradável visualização, este breve Guia apresenta sucintamente padrões utilizados, algumas Escolas e Fábricas, artistas e técnicas.
Acompanhado por uma bibliografia com alguns dos mais importantes nomes na área, permite aos interessados a orientação necessária a um estudo mais aprofundado.
Outra mais valia deste livro, é o permitir traçar um roteiro pessoal a quem quiser ver estas obras ao vivo.
Zonas de Lisboa focadas: Santa Apolónia, Cruz de Pedra, Xabregas a Marvila.
detalhes:
ARRUDA, Luísa, Guia do Azulejo - Caminho do Oriente, Livros Horizonte, 1998.
Informação adicional:
Como eu sei que eles (ele e ela) sabem que eles sabem que eu sei, este livro pode ser adquirido na Byblos Livrarias.
>>Maria
(7.5/10)