O acto de contemplar elevado a Arte
"O prazer da existência vem de novas experiências para o espirito".
Into the Wild (2007), de Sean Penn, conta a história de um lírico, de um sonhador de seu nome Christopher McCandless. Este, após terminar os seus estudos, adopta o nome de Alexander Supertramp e inicia uma viagem de mochila às costas com destino ao Alasca. Com ele, cruzamo-nos com pessoas com estilos de vida diferentes, vemos cidades sufocantes que contrastam com a clareza dos desertos ou vales, mas a cima de tudo, sentimo-nos livres.
Ele não é um indigente. Ele escolheu a sua forma de vida.
É um filme belo como poucos, com paisagens de cortar a respiração. Perturbadoramente belo pela sua simplicidade e pelo texto carregado de emoção.
Questionamo-nos sobre a validade da sua escolha e reflectimos as suas repercussões. Reflectimos sobre o conceito de felicidade.
É um filme para ser digerido devagar. E já mencionei que é belo?
Leonard Knight, criador da Salvation Montain, participa no filme. "Acho que toda a gente ama-me e espero ter a sabedoria para retribuir esse amor".
Hoje, Knight vive num centro de idosos, mas voluntários procuram preservar a montanha que criou para todos e onde a palavra "LOVE" é impera.
Auto-retracto de Christopher McCandless existente no rolo encontrado na carrinha após a sua morte.