Vigésimo segundo - FIBDA
Com uma redução nunca antes vistas (refiro-me somente ao Fórum Luís de Camões), a FIBDA 2011 parecia querer apostar na prata da casa.
Para alguém habituado a percorrer hilariantes salas cénicas que traziam o mundo do autor para algo tangível - ao ponto de em edições anteriores os visitantes percorrem as entranhas de óvnis, uma praia, um palco Pepe-show (na secção adultos) ou uma casa estrambólica de uma bruxa (na secção infantil), este ano ficou extremamente aquém das expectativas - relembrando até o tempo do gigantesco barracão e dos seus pouco estáveis andaimes.
Quanto ao conteúdo, à parte de uma sala com um espólio mui interessante dedicado ao nacional de tempos idos (pintura, caricatura, postais, cartas - Jorge Barradas, Jorge Colaço, V. Silva, etc.), no geral, pouco de novo trouxe do que se vai fazendo por aí: apenas um vídeo a explicar os contornos do surgimento e desenvolvimento do Pizza Boy - muito profissional.
Mas o cumulo foi a apresentação de pranchas do ano passadoe sem qualquer outra mais valia (eis exemplo e mais abaixo, outros dois).
Não sei o que se terá passado, mas FIBDA 2011 é uma exposição banal.
Há quem diga que a necessidade aguça o engenho. Sugiro que se agarrem a isso.
A fasquia, hoje, está muito alta para andarem a brincar ao amadorismo.
Uma nota engraçada: vi por lá uma família "especial", que adoptou o lema da "Familia Super Cueca".
Uma nota menos engraçada: 2 e 5, é o n.º de visitantes que a FIBDA perdeu em 2010 e no presente ano com a "brincadeira"; presentemente sobram 2 benevolentes apreciadores (sendo eu um deles), que em 2012 irão cuidadosamente ponderar a sua deslocação até Amadora. Adianto ainda que os perdidos entre os anos de 1997 a 2000, não foram recuperados. Se fosse gestora desta iniciativa, desejaria que esta estatística não fosse o espelho dos demais visitantes.