Love Lovecraft
"Não me atrevo a falar em pormenor dos seus rostos e formas, pois essa mera lembrança faz-me desmaiar".
LOVECRAFT, Howard, (org. José Manuel Lopes), "Os Melhores Contos de Howard Phillips Lovecraft - vol.5",
Parede, Saída de Emergência, 2010, p.48
Desde que tropecei nele, que me encontro fascinada por Lovecraft.
Perco-me nas suas rebuscadas descrições emocionais e nos seus "horrorosos abismos". Mas ao que mais lhe acho "piada" é o modo como chuta rapidamente para canto as suas caracterizações dos seres/ objectos/ coisas fantásticas: é tão terrífico, mas tão terrífico, que se torna indescritível.
É delicioso, assim como a sua dualidade.
Ainda que as suas personagens me pareçam um pouco afectadas, mentalmente frágeis e emocionalmente instáveis (talvez seja a minha visão de séc. XXI) Lovecraft ascendeu aos autores cuja obra faço questão de descobrir sempre que nela tropeço - mesmo que verifique tratar-se de um pateta conto como "Herbert West: Reanimador".
Agora, é a antologia: "Os Melhores Contos de Howard Phillips Lovecraft" - vol.5.
"A mansão, desaparecida durante um século, impunha uma vez mais a sua altura majestosa à visão extasiada, cada janela incandescente com o esplendor de muitas velas."
Idem, p.42
Pois é, reclamo-reclamo, mas no fim estou sempre lá batida.
LOVECRAFT, Howard, (org. José Manuel Lopes), "Os Melhores Contos de Howard Phillips Lovecraft - vol.5", Parede, Saída de Emergência, 2010.