Foi um "feeling": o tom da sinopse não batia certo.
"Não creio que estes autopropostos heróis saibam como lutar. Já não confio no relato das cruzadas em que tempos combateram. O código de cavalaria enjoa-me, com todas as suas vaidades e posturas."
in STABLEFORD, Brian, "O Império do Medo", Estoril, Saída de Emergência, 2011, 2ª edição, p. 312
Quando acreditava que a história em redor dos imortais bebedores de sangue estaria votada à parvoeira cor-de-rosa que vem escalado neste século XXI, eis que tropeço em "O Império do Medo". (Surpresa: editado primeiramente em 1988...).
Numa colagem interessante, com enfoque no século XVII do Ocidente - o desenvolvimento da Ciência - e na cultura do coração africano, faz uma abordagem sobre o que realmente move o ser humano: o poder e o medo.
Sem dramas existenciais e uma ausência de namoricos pseudo-eróticos, nesta luta pela apologia da ignorância até a Inquisição é metida ao barulho, o Bestiário e as superstições de então.
No limite, é um livro político disfarçado de aventuras no qual nem a "magia" nem o "sobrenatural" têm lugar.
"Original e profundamente divertido de ler." -Interzone
É verdade, sim senhor.
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