"Mas na prática tal sociedade não poderia ser estável, pois se o bem-estar e a segurança fossem todos fruídos, a grande massa de seres humanos normalmente embrutecida pela miséria aprenderia a ler e a pensar por si; e, uma vez que isso acontecesse, mais cedo ou mais tarde verificaria que não tinha razão de ser a minoria privilegiada, e acabaria com ela. De maneira estável, uma sociedade hierárquica só é possível na base da pobreza e da ignorância."
ORWELL, George, "Mil Novecentos e Oitenta e Quatro", Lisboa, Moraes Editores, 1984, p. 189
"(...) extinguir de uma vez para sempre qualquer possibilidade de pensamento independente. Há, portanto, dois grandes problemas que o Partido deve resolver. Um deles é descobrir o que pensa o outro ser humano, e o outro é matar algumas centenas de milhões de indivíduos em poucos segundos sem aviso prévio." Idem, p. 192
Orwell explica o que é um Estado de Guerra, mas não a forma como se chega a ele.
A meu ver, através do pensamento em carneirada.
Em Portugal, na nossa vivência, cada vez mais acredito que tal só não acontece porque o Português-Comum é demasiado desorganizado, fala-barato, leviano nas análises e comezinho: a existir rebanho, são eles os primeiros a não permitir que tal movimento de carneirada evolua.
No fundo, o carneiro Português, não é coeso.
Não fui o alvo, mas incomoda o quórum analfabeto que facilmente se forma.
Hoje tive (mais uma vez) percepção do lodo que é cruzar-se com um(s) Carneiro Português.
Que nojo...