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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

Um conto "à moda antiga"

"A Velha floresta amuada

entrelaça os ramos negros

para esconder os meus olhares

a cúpula dos ceús."

GORKI, Máximo, "Três Contos de Máximo Gorki", Porto,

Editorial Inova Limitada, 1972, 2ª ed., p. 38

 

 

É certo que se trata do Realismo Russo, onde tudo tenebroso e do pobrezinho que morre à fome, com uma forte mensagem subjacente.

Mas, distanciando-me da crueza histórica da época que retracta, com olhos de conforto do século XXI, o conto do "Jovem Pastor e a Fadazinha" é uma delicia.

 

 

Informação adicional:

- Máximo Gorki - Wiki...

Lourinhanosaurus antunesi

O nome parece uma aldrabice. Mas este encontra-se "conforme as regras de nomenclatura zoológica, significa literalmente “lagarto da Lourinhã, dedicado a [Miguel Telles] Antunes”, que foi o investigador que dirigiu as escavações." in Ciência Hoje.

 

Era carnívoro, veloz e feroz e esteve de visita pela Academia de Ciências de Lisboa. Regressou ao Museu da Lourinhã - que hoje em dia tem muito bom aspecto.

 

 

*imagem* ☁

Réplica de crânio de Allossauros europaeus (Lagarto diferente, da Europa) - Lourinhã, carnívoro, com 8 a 12 metros e 2.5 toneladas.

"Eram predadores dominantes durante o Jurássico Superior. Ocorriam em Portugal e nos EU (Allosauros fragilis) o que apoia a teoria de que a América e a Eurásia já estiveram mais próximos e que se tem vindo a afastar - teoria da Deriva Continental."

Falar sobre o Horror e o Fantástico

Gosto muito de ler, gosto muito de aprender”.

David Soares

 

Na passada Quinta-feira, o autor David Soares esteve no Café com Letras. E foi bom. Muito bom, ainda que o moderador, a meu ver, não tivesse estado assim tão bem: este foi o primeiro a admitir não conhecer o autor e somente ter lido os dois romances mais recentes.

Coisa boa não poderia aí advir tendo em conta todas as valências de D.S.: Banda Desenha, Romance, Crónicas, Contos - este seu último registo, o meu predilecto.

 

 

 

 

Notas:
- o Fantástico não é um gueto. A questão centra-se da não capacidade de descodificação dos códigos dos quais estes se compõe. A par, trata-se de um mercado pequeno.
- também a ficção científica é uma literatura auto-referenciada, logo, é muito direccionada a um público conhecedor do tema.
- horror = género de ruptura
- as áreas sobre as quais escreve são História, o oculto e o fantástico; pretende que as imagens se cruzem com outras culturas;
- o novo romance, “Batalha”, pretende efectuar uma avaliação da religião a partir dos animais – análise do fenómeno religioso e linguístico;
- a diferença entre o escritor e o historiador prende-se com o facto de ao primeiro ser-lhe permitido especular. Destas especulações podem originar “verdades históricas” interessantes;
- hoje existe uma má apropriação dos mitos pela arte: é a banalização dos mitos; estas histórias, sejam vampiros ou outras criaturas, é somente a introdução do exotismo para apelar à novidade. Isto, não é o Fantástico;
- o constrangimento do apelo ao fantástico, é o elevado grau de abstracção que pode intimidar os leitores.

 

Aos interessados, um apontamento aúdio sobre o Fantástico e o Horror.

 

Link do vídeo.

Ode ao carneiro Portuguesinho

"Mas na prática tal sociedade não poderia ser estável, pois se o bem-estar e a segurança fossem todos fruídos, a grande massa de seres humanos normalmente embrutecida pela miséria aprenderia a ler e a pensar por si; e, uma vez que isso acontecesse, mais cedo ou mais tarde verificaria que não tinha razão de ser a minoria privilegiada, e acabaria com ela. De maneira estável, uma sociedade hierárquica só é possível na base da pobreza e da ignorância."

ORWELL, George, "Mil Novecentos e Oitenta e Quatro", Lisboa, Moraes Editores, 1984, p. 189

 

"(...) extinguir de uma vez para sempre qualquer possibilidade de pensamento independente. Há, portanto, dois grandes problemas que o Partido deve resolver. Um deles é descobrir o que pensa o outro ser humano, e o outro é matar algumas centenas de milhões de indivíduos em poucos segundos sem aviso prévio." Idem, p. 192

 

Orwell explica o que é um Estado de Guerra, mas não a forma como se chega a ele.

A meu ver, através do pensamento em carneirada.

 

Em Portugal, na nossa vivência, cada vez mais acredito que tal só não acontece porque o Português-Comum é demasiado desorganizado, fala-barato, leviano nas análises e comezinho: a existir rebanho, são eles os primeiros a não permitir que tal movimento de carneirada evolua.

No fundo, o carneiro Português, não é coeso.

 

Não fui o alvo, mas incomoda o quórum analfabeto que facilmente se forma.

Hoje tive (mais uma vez) percepção do lodo que é cruzar-se com um(s) Carneiro Português.

Que nojo...

 

 

O Metro desperta o bom samaritano que existe em mim

 

E se vos dissesse que há semanas que o Metro de Lisboa não conserta as escadas rolantes e que em duas semanas já ajudei a subir 3 (três) dos 4 lanços de escadas:

  • 1 idosa;
  • 1 invisual;
  • levei pela mão uma criança de 4 anos, dado que a mãe levava um bebé ao colo;
  • 1 estudante com muita-muita tralha.

 

E tudo isto em saltos altos.

 

A Lisboa SOS anda a dormir, pois elementos do PCP já anda a recolher assinaturas.

O que a cave (mal) esconde: Termas dos Cássios

Não tenho por hábito espreitar pela janela alheia. Sério!

Mas a silhueta de calhaus com aspecto velho numa montra empoeirada, que se revelou sendo uma porta principal, despertou-me a atenção.

 

"Apesar da topografia da cidade romana ser ainda mal conhecida, admite-se que nas proximidades do teatro se situaria o forum, juntamente com outros edifícios públicos que por regra a ele se associam (Alarcão, 1994, p. 58-61; Ribeiro, 1994, p. 84 e Fig. 3). Essa circunstância explica a importância de algumas das novidades epigráficas proporcionadas por trabalhos arqueológicos nessa zona. As escavações realizadas no edifício situado no Palácio do Correio-Mor, no cruzamento da Rua das Pedras Negras com a Travessa do Almada, onde se situariam as Termas dos Cássios, de acordo com o que se atesta numa inscrição pintada (CIL II, 191) levaram à identificação de um interessante conjunto, de ampla cronologia, no qual sobressai uma excepcional epígrafe, em que se patenteia a homenagem que a cidade promove a L. Cornelius L. f. Gal. Bocchus, Salaciensis (Diogo e Trindade, 1999a, FE 275; HEp 8, 608; González Herrero, 2002, p. 70)."

@ Igespar.

 

 

 

 

 

Se descer à Baixa, use capacete

 

 

Admito que ao virar da esquina e ao deparar-me com estes sinais, me passou pela mente tratar-se de uma intervenção, de uma piada da malta da urbe.

No entanto, esta sinalética encontra-se devidamente identificada com sendo da Câmara de Lisboa.

 

Eu sei que a Baixa Pombalina é composta por prédios devolutos, cujo "encanto" dos turistas advem da luminosidade dos azulejos e do espelho do rio Tejo. Mas isto é ridiculo.

E que tal devolver a cidade às pessoas? Não?

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