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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

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conceitos sob o ponto de vista do observador

Let's Get Lost

 

 

 

 

As comemorações da República estão (estiveram?) com um conjunto de exposições muito giras. O "giro" aqui, como um sólido termo técnico - apelativas ao olhar e com informação pertinente qb, pejada de curiosidades e de "sabia que?".


"Viajar" desperta em nós o emigrante, o aventureiro, o navegador tresloucado que se coloca numa casca de noz só-porque-sim ou é-melhor-ir-do-que-ficar.

É uma exposição que mostra o inicio do conceito do Turismo em Portugal, das suas movimentações, dos seus ideais, nunca escondendo que existe sempre um lado B em todas as mais belas e utópicas iniciativas.

 

Os vídeos, espólio da Cinemateca, são um mimo - esqueçam as autópsias ou a carnificina, perdão, operações altamente cientificas apresentadas na exposição no outro lado do terreiro do Paço, o Corpo (que é um espanto, mas não para todos).
Vejam e sorriam e quiçá, revejam-se perante as nossas estradas enlameadas, a vivência do nosso interior nacional, as diferenças do antes-e-depois, as lindas e/ ou bucólicas paisagens, as personagens influentes da terra.

Uma hora de viagem imperdível.

 

 

Link do vídeo

 

Informação adicional:

- site da expo. Viajar

- local: nas arcadas dos Ministério, Lisboa.

Quem é o Bobo afinal?

"Demasiado doce? Moi? Acho que a arte da guerra foi feita para os bobos e que os bobos foram feitos para a guerra. Naquela noite, Kensington tremeu."

in MOORE, Christopher, "O Bobo", Alfragide, Gailivro, 2009, p. 163

 

"(...) Carpe diem, Edgar, carpe diem.

- Carpa do dia? - interpelou o legítimo herdeiro ao Conde de Gloucester.

- Sim, isso mesmo. Estou a invocar o raio do peixe do dia, imbecil."

Idem, p. 269

 

 

É ordinário, astuto, debuchado, com código de conduta próprio, herói à força e estupidamente leal.

Eis o perfil de Pocket, o Bobo Negro: um punheteiro* que simplesmente não quer que o chateiem ou que se atravessem no seu caminho.

 

*punheteiro = a palavra favorita de Pocket amplamente utilizada para despertar a simpatia dos demais... entre outros miminhos que cobardemente, não os consigo colocar aqui.

 


O Rei não vai nú, o Rei quer ver o nú.

“- Então, padre, o senhor não crê que Deus castigue os povos pelos pecados dos reis?

- Creio sobretudo que Deus castiga os povos pela sua estupidez e pela dos seus governantes, e que os ajuda quando estes não são estúpidos (…).”

BALLESTER, Gonzalo Torrente, “Crónica do Rei Pasmado”, s.l., Caminho, 1992, p.65

 

 

A moral religiosa, discutida em torno se o Rei pode ou não ver a sua Rainha nua.

Vale-nos o pertinente jesuíta Almeida e o Inquisidor-mor espanhol que tem bem mais do que fazer do que ordenar autos de fé - além de que "ninguém gosta do cheiro a carne queimada no paço".

 

"Crónica do Rei Pasmado" é deliciosamente hilariante.

 

Ter olho para o negócio ou não ter, eis a questão.

Continuo a olhar com alguma estranheza que, em plena Baixa Pombalina (Lisboa), onde congrega turistas, estudantes, trabalhadores dos ministérios e restantes cidadãos comuns, existam lojas que se encontrem fechadas entre as 12:30 às 14:00.

 

Este é o caso de uma loja que me é particularmente querida (cliché ambulante, mas não deixa de me despertar o lado sentimentalista): A Vida Portuguesa.

 

No âmbito das exposições (Corpo e Viajar), esta tem um balcão nas arcadas da Praça do Comercio, onde se pode adquirir não só os seus produtos, como também catálogos das mencionadas exposições e outros livros respeitantes à temática republicana e monárquica.

 

Para além de minha estranheza, existiam mais 6 pessoas, que deambulavam por lá: duas nacionais com livros nas mãos e dois casais de estrangeiros que reuniam sabonetes e afins até se darem conta de que não valeria a pena. Começaram a arrumar a trouxa.

 

 

Não conheço qual a política seguida pelos comerciantes, mas honestamente é-me incompreensível esta gestão de negócio.

É mau, à noite, só as lojas dos indianos e chineses se encontrarem abertas (e cheias de turistas!), mas agora o comércio fechar portas à hora do almoço naquele local, é no mínimo, caricato.

 

Se não têm pessoal ou encontram-se impossibilitados de pagar o extra, que os proprietários assumam as rédeas e sejam eles a servir o cliente. No fundo, quem é o principal beneficiário das vendas?

 

 

No entanto, há que agradecer à Vida Portuguesa, que assim me auxiliou a respeitar as minhas medidas de austeridades. Com isto, poupei 24.49 Eur.

 

 

Não se nasce sem violência

"A Carbonária em Portugal fundada em finais de 1898, morre após a implementação da republica.

Defensores da luta armada empreendiam na formação dos elementos, ensinando a fazer bombas caseiras e ao alcance de todos. Há quem defenda que sem eles a republica não teria surgido em 1910."

in A Beterraba.

 

Esta é mais uma razão que me leva a achar que a frase atribuída ao pensador Gandhi ou se encontra mal traduzida ou fora de contexto:

"A violência é o medo aos ideais dos demais."

Gestão do Conhecimento Pessoal

Ao estilo do “inspira-me”, por piada peguei neste post  do Jorge para uma pequena análise.

 

O mote seria “sair dos hábitos”. Fi-lo.

Mas esta lista médica tem muito mais que se lhe diga e dei-me conta de algo que, na minha pouca fé para estas coisas, me foi esfregado na fronha.

 

  • Leiam algo sobre um tema que nunca pararam para conhecer:

Entre bocejos alternados de incredulidade, a minha ideia (preconcebida, admito) estava correcta: é incompreensível, incoerente e não tem ponta por onde se lhe pegue.

Péssima ideia.

 

  • Enfrentem um medo:

Não será exectamente medo, mas envolveu luvas de borracha, uma pá, insecticida dum-dum e muito histerismo à mistura.

Péssima ideia.

 

  • Digam aquilo que andam há anos a esconder: n.a.* e não compreendo a finalidade.

 

  • Desenvolvam as vossas ideias mais ousadas:

Foi no mínimo, hilariante. 

Péssima ideia. Mentira: ao menos tirei aquilo da cabeça.

  • Saiam com as companhias que vos apetece: n.a.*
  • Desenhem o mundo num caderno, contem as vossas histórias, partilhem com o mundo (a net dá muito jeito para isso): n.a.*
  • Comam devagar, saboreiem a comida: n.a.*

 

  • Respirem com significado:

Respiro para viver, não deveria ser o significado máximo? Ou falamos de: "viver plenamente", blabla-blá?

Deixarei em branco para digerir a informação.

 

  • Agradeçam cada desafio que surja:

É de conhecimento que “o que não nos mata torna-nos mais fortes”.

Li há tempos alguém que colocava em causa esta máxima.

 

Este questionava o “dever” (a pressão imposta) em enfrentar os desafios a qualquer preço, nunca recuando, mesmo que fosse prova dada a parca preparação para o confronto:

- devia-se faze-lo, mesmo que o resultado não nos tornasse mais fortes mas em meros estropiados? Tal é ser audaz, estupidamente inconsciente, alguém com muito tempo livre entre mãos ou alguém muito crente em milagres?

- qual a finalidade?

 

Questiono eu: agradecer incondicionalmente um desafio, não será negarmos-nos e enganarmos-nos?

 

 

CONCLUSÃO:

No meio disto, vejo pelo menos que fará algum sentido a frase que tantas vezes se lê e se ouve: siga o teu instinto.

Aparentemente, independentemente dos demais pensamentos e filosofias, é isto que acaba por prevalecer.

 

 

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*n.a. = não aplicável, por ser medida usual.

 

#Conhecimento Pessoal, AQUI

# Alguns artigos interessante dentro desta temática, AQUI

# Sonhos Urbanos

  

canalização de transtorno psicológico para acções físicas

"- Mas alguma vez tiveste medo do pai?
- Sempre que os New England Patriots perdiam.
Quando os Patriots perdiam, o meu pai costumava ir para a garagem e ligar a motosserra. Há dois anos, no Outono, pegou na motosserra e foi para o monte atrás da nossa propriedade; abateu dez árvores e cortou-as em toros de lenha para o fogão. Ainda nos falta queimar mais de metade do monte."

 

FITZPATRICK, Becca, "Hus, hush", Porto, Porto Editora, 2010, p. 161

 

 

Há muito que se ouve que a agressividade passiva é a mais nefasta: por ser silenciosa, transforma quem padece de tal  numa bomba relógio andante.

Parece-me que muita gente que vomita ao vento "comportamento passivo-agressivo", o confunde com o individuo que deseja evitar um conflito (independentemente da razão), que re-direcciona o seu descontrolo irracional ou que, tomando consciência da perca de tempo e desgaste pessoal que tal terá, controla deste modo os danos colaterais.

O "comer e calar" nem sempre é ser agressivo-passivo. Por vezes significa um mero meio de não ir às trombas de quem o chateia. A isso chama-se maturidade, auto-controlo.

É uma forma de estar na Vida.

Não é ter sangue de barata, mas é o que nos separa das bestas.

No extremo, é o que nos separa das crianças. No fundo, só querem que não se atravessem no seu caminho.

 

De qualquer modo, não me parece de todo inteligente testar a paciência destes para além do seu limite. De notar que o seu comportamento aparentemente indiferente poderá resvalar  (conscientemente) para algo pior: transtorno de personalidade passivo-agressiva.

 

 

  • Comportamento passivo-agressivo

 

"Os comportamentos de uma pessoa com uma personalidade passivo-agressiva (negativista) têm como objectivo encoberto controlar ou castigar os outros. (...)". "No entanto essa agressividade pode ou não ser expelida para o exterior, pelo que não existindo exteriorização da mesma, ela é contida, engolida, é direccionada para si próprio, tornando o indivíduo no passivo-agressivo, por contraposição ao agressivo-activo, que agride outros, canalizando a agressão para o exterior. O indivíduo passivo-agressivo também agride para o exterior mas de uma forma mais encoberta, não tão clara, quase deixando subentender que está ele a ser a vítima e não o agressor, note-se contudo que esta canalização da raiva é potencialmente mais danosa porque por um lado, o indivíduo desresponsabiliza-se da sua raiva, quer culpar outros pela mesma, e por outro lado, interioriza-a, perpetuando um movimento auto-destrutivo."

Peadpersonalidade

 

  • Transtorno de personalidade passivo-agressivo.

 

"A característica essencial é um padrão invasivo de atitudes negativistas e resistência passiva a exigências de desempenho adequado em situações sociais e ocupacionais, que começa no início da idade adulta e ocorre em uma variedade de contextos. Esses indivíduos habitualmente ressentem, opõem-se e resistem a exigências de que funcionem em um nível esperado pelos outros. A resistência é expressa por procrastinação, esquecimento, teimosia e ineficiência intencional, especialmente em resposta a tarefas designadas por figuras de autoridade. Esses indivíduos sentem-se trapaceados, desconsiderados e incompreendidos e são cronicamente queixosos. Eles podem ser mal-humorados, irritáveis, impacientes, propensos a discussões, cínicos, céticos e "do contra".

Wikipedia

Diário de bordo: Parvoeira de Sexta-feira

Hoje, comecei bem cedo o dia ("à bués" - isso, vá, vamos fazer chorar as pedras da calçada), mas houve algo que me fez rir logo que cheguei.

Caiu-me no goto, portanto.

 

 

(sim, eu sei: sou de gargalhada fácil... mas admito que assim o é, pelas situações me reportarem a outras familiares.)

 

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