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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

"riffs para o pessoal se armar em macaco"

Agora lembrei-me da malta no meu 9 ano, todos com calça da resina, 7 números acima do deles, armados em campeões.

 

Não percebo muito bem o que os leva a voltar... foi uma moda adolescente que veio e passou no inicio dos anos 2000 e a julgar pela qualidade musical deles não se sente falta de riffs para o pessoal se armar em macaco. E então aquelas letras...

 

Comentário (de jeito) de Zerochance, um leitor da Blitz.

... que rapidamente foi crucificado: eis o poder do

pensamento em manada em todo o seu esplendor. Lol

 

 

Algumas vozes “acusa-os” de não passarem de uma tendência de moda adolescente que terá passado. Outros ainda, de língua viperina atacam o seu (mau) gosto de vestuário misturando-as com as tendências musicais.

 

Essas vozes esquecem-se de todos os concertos saudosistas, saídos do baú dos 80’s e que pautam este Verão.

A diferença, é que os “Limpa Biscoitos” estão ainda muito frescos no ouvido, são barulhentos e estão obviamente ligados a uma cultura que rapidamente resvala para o mais suburbano possível (mais uma vez, a imagem não ajuda – só lhes falta o fato de treino e o boné da Nike branco).

 

 

Diz que quem levar calça da resina tem 60 % de desconto, boné da fubu 10% e boné da NY 75%. Confirma-se? - Monsta_Sounds, Blitz

Então e quem levar calça de resina e boné da NY? Pagam-lhes 35% para irem ver o concerto? Ou não são acumuláveis?- Mcla, Blitz

 

Logo eu, que só tenho boné da marca Jumbo (ao menos é liso e de cor discreta)....

 

 

 

 

O meu 9º ano há muito se encontrava feito.

Não será de estranhar que as elações do comentário acima apresentadas, tenham sido as minhas (e restante pessoal) desde o inicio. Excepção a um único ponto: hoje sente-se (eu sinto) a falta de “riffs para o pessoal se armar em macaco”. Basta fazer zapping no MTV.

A única que ainda assim vai mexendo as coisas é a Lady Gaga – tudo o resto ou tresanda a 80’s ou são rappers de som moribundo com perfume de “moderno” (já ouviram o novo single dos N.E.R.D.?? Irreconhecíveis…).

 

Adolescente ou não, não nos podemos esquecer do punhado de clássicos de sua autoria que marcam a década de 1990 e 2000.

 

Os Limp Bizkit são barulhentos, de musicalidade fácil e agressiva. São eventualmente uns "pintas".

Mas o seu ruído diverte-me e relaxa-me. E isso, nesta situação, é quanto basta.

 

 

 

 

Ah! Fadista!

Se aquele cromo não tivesse o triplo do meu tamanho e estar acompanhado por outros grunhos (eles andam em bandos), era capaz de lhe ter atirado com a garra de água à mona à 3ª vez que rosnou "Ah! Fadista!".

 

Embriagados como aparentavam estar, deviam prestar tanta atenção ao "Que fado é este que trago" como eu a assistir a uma palestra sobre a "Nonlinear elliptic systems with a variational structure: existence, asymptotics and other qualitative properties" (H.T.) ...

Valeu a policia para lhes conter o pio.

 

(exercício de meditação: "O sol brilha e o céu está azul")

 

 

 

No âmbito do Festival dos Oceanos e convidado pelo Turismo de Lisboa da CML, Camané brindou-nos com um punhado de fados tradicionais os quais nos foram explicadas as diferenças entre eles: um workshop de Fado.

Alfredo Marceneiro e Carlos Paredes, foram nomes incontornáveis.
Fado, Saudade, Lisboa, o lugar "onde aprendi a Sonhar", "pelos teus olhos negros, por quem perco a razão" (...) e "perdi o meu coração", foram algumas das palavras e expressões mais ouvidas.

O Fado Monótono, foi a cerejinha.

Pessoalmente, considero o estilo Fado aquele que reúne algumas das mais belas canções sobre o Amor sem serem lamechas e/ ou pegajosas. O lado romântico que vive latente no sangue tuga.


Uma pequena nota.
Dada a existência na plateia de muitos estrangeiros e sabendo-se a sequência musical, seria simpático da parte da organização conseguir a projecção das letras das cantigas.
É certo que o Fado é para ser sentido (cliché!), mas é um desperdício os poemas passarem despercebidos aos demais.

 

Anexos:

- link do vídeo.

Peixinho meu, peixinho meu, haverá eurozinho melhor do que o teu?

Dalaiama anda a esmerar-se e trouxe uma lufada de ar fresco.
Foram "toneladas" de Papa-euros coloridos à qual nem mesmo o casebre e muro no Cabo da Roca escapou.


Eu: "Olha lá, aquilo não é um Dalaiama....?"
Tu: "Aqui? Passou-se."
Ele(s)/ Ela(s).: "O que é um Dalaiama? errr! Onde vão??"


Dada a lacuna gigante, os parcos conhecimentos e de só gostar de um punhado de estilo de intervenções, tal conversa só rivaliza com um "Skran!!!!", um "Olha, um Minimal Animal!" ou um "Olha o do tipo de Faro que fez aquele mural com bonecos taralhocos de chorar a rir!".

 

 

 

 

 

 

Agora... como observadora de longa data, que até notou que o enquadramento nos locais está a ser levado em conta, agradecia que não colocasse os stencils sobre a pedra.
Principalmente no falso mármore (as "marcas" que vemos são no fundo fósseis cortados às postas: nestes mármores podemos ver grandes conchas ,buzios, entre outros seres de nome impronunciável).

Please?

Steel-Celli

"The quartett The Stahlcello from Dresden are wellkown for their music with four Steel-Celli. These are a form of string instruments. It looks like an archaic, iron-made construction, but they are designed for the realization of complex compositions and harmonies. The development of the Stahlcello stands in the tradition of the nail violins of the late 18th century, Ernst Chladnis' experiments with vibrating plates around 1800, various instruments with mechanically bowed rods of Romanticism and the Bow Chimes built in the 1960s by Bob Rutman".

 

informação: The Stalcello

sons: Jan Heinken

 

 

 

Patos há muitos!

Em plena zona tórrida de Portugal, situa-se em Alpiarça a Casa dos Patudos.
Esta casa-museu, que aos poucos vai retomando o seu esplendor com as profundas obras de limpeza e de consolidação estruturais do edifício, é de autoria de Raúl Lino.
O desenho dos telhados e das chaminés, não podem passar despercebidos.

O proprietário foi José Relvas "um homem decisivo para a implantação da República".

 

Uma personagem que deverá ter vivido a sua importante vida política com um profundo vazio no seu ser: sobreviveu à morte de todos os seus filhos - o que não sucumbiu à doença na adolescência, um destacado músico de trinta e poucos anos, suicidou-se logo após ao seu casamento.

 

 

 

Por enquanto, somente o 1º piso se encontra aberto ao púbico.

Naquelas 18 salas, o visitante perde-se entre as riquíssimas artes decorativas de todos os cantos do mundo e entre algumas das mais importantes obras de pintura do século XIX e XX.

Como não seria de estranhar, nomes como Bordalo Pinheiro, Machado Castro Silva Porto, Columbano, Ramalho, pautam as paredes.
Muita arte sacra a vulsa e muitos azulejos dos séculos XVI a XVIII, "surripiados" quiçá a quintas ou a conventos no inicio do XX - uma prática comum que sem dúvida terá salvo muitos da destruição.

A sala das colunas é para mim, a mais estranha pela ilusão óptica que provoca: o espaço encontra-se dividido ao centro por um conjunto de colunas provocando a impressão de atravessarmos um espelho.
(esta mesma sensação de desequilíbrio tive-a na casa-museu do Arquitecto Horta - Bruxelas, Bélgica, plena Arte Nova).

A nota negativa vai para os têxteis em péssimo estado de conservação, desde os cadeirões aos canapés: a equipa do Palácio da Ajuda devia lá dar um salto e fazer jus ao seu nome e dar uma mãozinha nos trabalhos de conservação.

 

Como curiosidade, o espólio esteve desaparecido cerca de 7 anos até ser encontrado em Itália pela Policia Judiciaria.

 

 

 

Os jardins são ainda um estaleiro e o piso de acesso, interdito (*coft-coft*), mas consegue-se já adivinhar a beleza rural neles contidos, enquadrados por uma planície a perder de vista.

 

Com 5.500.000 Eur, seria aqui (ou em algo similar) que os investiria: (para mim) o verdadeiro luxo e requinte.
Tudo o resto, ainda que caricato e/ ou divertido, não passa de fogo de vista.

 

 

Informação adicional:

- história da Casa dos Patudos - CMAlpiarça

- na wikipédia

- a entrada é este ano, gratuita;
- a Casa nem é assim tão fresca, como eu esperaria, mas serve para fugir ao tempo abrasador.

- confirmar sempre se no dia da visita se encontra aberta ao público

 


 

 

 

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