Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

De que falamos quando falamos de correr?

Conheço pouquíssima gente que gosta de correr.

Na verdade, só conheço uma pessoa e que já vai nos seus 50 anos - mas ele foi (é) atleta por isso, não conta.

 

Não compreendo porque é que o atletismo (ou no meu caso, o pseudo-ateletismo*) é algo que assusta tanta gente.

Preferem matar-se num ginásio, rodeadas de pessoas que gritam, arfam, pingam suor ao nosso lado ou à frente (se em aulas) e/ ou com o zumbido de máquinas como música de fundo, em detrimento do ar livre - e se for de manhã adiciona-se uma óptima altura para fotografia...

Se calhar é por não ter um nome estrangeirado: "atletic-pumpimg", "morfeous-chi-pumping-running".

Correr (quando os movimentos bem executados) é equivalente à natação - ai meu querido médico que tudo arranja para fazer mexer o meu tronco.

 

"Correr para Contar" é um blog de um grupo de amantes de literatura... que corre, mais ou menos à séria.

 

*Pseudo-atletismo = andar mais que correr

"Acabaram-se os peitos caídos!"

SAM, Anna, "Atribulações de uma Operadora de Caixa - Habilitações: Licenciatura, Função: Operadora de Caixa", Lisboa, Gradiva Pblicações, 2009.

Empregados de caixa ou operadores de caixa?
Depois de lerem este livro, olharão esta profissão com outros olhos.
Cheio de sarcasmo perante os pretensos estudos das instituições, com uma carrada de humor, este seria um livro obrigatório para muita gente que vemos nesses hipermercados país fora.

Trata-se no fundo de respeitar o trabalho dos outros.

Acautelem-se no entanto, pois a tradução é... esquisita: analogias para se aproximarem do nosso quotidiano, adicção ou alteração de títulos e inexistêcias de notas de rodapé que esclareceriam a situação e nos remeteriam ao texto original são praticamente inexistentes.



"Admiro o desembaraço (ou será desprezo?) com que os agentes comerciais da grande distribuição tratam os clientes como crianças perante uma embalagem de bónus com a sua "super oferta" no interior. Mas a julgar pelo sucesso dos cartões fidelidade, parece que afinal os consumidores não perderam a sua alma de criança".

SAM, Anna, "Atribulações de uma Operadora de Caixa - Habilitações: Licenciatura, Função: Operadora de Caixa", Lisboa, Gradiva Pblicações, 2009, p.54.


"(...) Por incrível que pareça, a profissão de operadora de caixa tem uma enorme vantagem para as mulheres! Vai levantar cargas mais ou menos pesadas, fazer rotações de cerca de cento e oitenta graus com os artigos, o que terá como efeito muscular os seus estimados peitorais. (...)"
"Corporação Caixa já o demonstrou: as empregadas de caixa têm um peito mais bonito e firme. Acabaram-se os peitos caídos!"

Idem, p. 63


"Por isso, se ouvir uma mãe dizer ao filho, enquanto aponta para si "Estás a ver, querido, se não te esforçares na escola, vais acabar como esta senhora", não há nada que a impeça de lhe explicar que este emprego não é ridículo, que prefere não estar desempregada e que até foi uma aluna brilhante (Licenciatura e mestrado? Isso tudo?)
Caso contrário não se espante se as criancinhas lhe faltarem ao respeito ou olharem para si como s fosse uma falhada..."

Idem, p. 85-86

 

 

 

Ok. Admito. Não resisti a fazer a analogia de imagem, um pouco parva, eu sei. Mea culpa.

Uma forma de BookCrossing

São-me irrelevantes as razões que levaram Bibliotecário de Babel a ofertar uma parcela dos seus livros na manhã de ontem. Boa ou má literatura é esta a maravilha da variedade de mercado.
Agradeço novamente o seu gesto.

Quando algo é gratuíto, existem sempre ovelhas ranhosas que histericamente efectuam razias. Aqui, existiram duas. Fora isso, tudo foi ordeiro: pegar, consultar, guardar ou devolver para outros, com muita cavaqueira à mistura.

 

 

Quiçá pelo arrumo do meu canto (que apregoo aos 4 cantos) ou do calor sufocante que não permite o habitual "laureamento da pevide", sinto-me caseira.

Um fim-de-semana pleno de leitura.


1. Excelente livro ao preço da chuva (na Fnac). Obrigada Sael pelo alerta.


Já com o "patrocínio" de Bibliotecário de Babel:

 

2. Livro sarcástico, empréstimo (forçado) de Formiguinha
3. Fala de uma exposição, mas o interesse vem do texto e imagens do Palácio de Santos.
4. Dissertações dos nossos jornalistas, com muito colocar dedo na ferida.
5. O labirinto da Lei Internacional para Tótós.
6. Manual ao qual muito recorri como "auxiliador de memória" e que finalmente se junta aos seus "irmãos" que me acompanham sempre.
7. Romance de texto sugestivo e que muito provavelmente terá poiso temporário na minha estante.

Uma questão de Temptation

Irra!

Gritei mentalmente ao ver que uma vez mais não haviam os gelados que pretendia (admito que possa ter sido algo diferente de "irra" o que me terá  saltado à mente).

 

"Pronto! Levo estes, irra!" Caramelo era imprescindível. (aquele "irra" também não foi assim-coiso-e-tal...)

Mas eis que: gelado com caixinha, dentro de caixinha e com selo de abertura?

 

O aparato luxuoso e fashion adequa-se ao seu sabor.
Caramelo com petitas de não-sei-o-quê revestidas a chocolate. (^^,)

 

Qual "tentação"! Eu já estou na parte do pecado.

 

 

 

 

"George MacDonald Fraser was no Flashman"

"(...) Era apenas estúpido, demasiado estúpido para ter medo. O medo é uma emoção, e as emoções dele estavam todas entre os joelhos e o esterno; nunca lhe tocavam o raciocínio, e pouco tinha deste último."

FRASE, George MacDonald, "Flashman - A Odisseia de um Cobarde", Parede, Saída de Emergência, 2010, p.33


"Deixo este conselho: se o leitor pretende aprender uma língua estrangeira como deve de ser, estude-a na cama com uma nativa - eu teria apanhado mais os clássicos numa hora de cambalhotas com uma grega do que em quatro anos de aulas com o Arnold."

Idem, p. 68


"- Você não sabe uma das primeiras regras da política: podemos sempre confiar que um homem siga sempre os seus interesses."

Idem, p. 134

 

 

Informação adicional:

- sobre George Fraser

- sobre a novela Flashman

 

"Meu Deus! Estão a comer-me Vivo!"

GLUT, Donald F., "A Maldiçãod dos Escaravelhos", s.l., EPNC, 1979, é um exemplo clássico de algo que facilmente se lê no Verão: uma época propicia para o nonsense.

Um livro divertido e taralhouco, onde temos um vilão sedento de vingança que acredita ser uma vitima da sociedade e que é confrontado com um espadaúdo herói que procura salvar a bela loiraça.

 


"Pelo telefone o major contara-lhe o que acontecera na noite de quinta-feira - como perdera a mão direita por causa de uma horda de formigas esfomeadas e porque a sua mulher era agora uma paciente da ala de psiquiatria do mesmo hospital."

GLUT, Donald F., "A Maldiçãod dos Escaravelhos", s.l., EPNC, 1979, pp. 89-90

 

 

Informação adicional:

- Donald F. Glut, autor de um episódio de Guerra das Estrelas e de muitas histórias de monstros / criaturas monstruosas.

 

 

just because... i like

Agosto, pelo que vejo, é a altura predilecta para arrumações caseiras, alterações domésticas e até "viragens" de vida.

Cliché dos clichés, não poderia fugir à regra.

 

De mangas arregaçadas, trincha de um lado, óleo de cedro no outro e sacão de lixo aos pés: desarrumei, baralhei, pintei (chafurdei, será o termo técnico), e depois de alguns aproveitamentos é de modo mui emproado que apregoo: "Olhai senhores, o meu canto de cara lavada!"

 

É com enorme entusiasmo que lhe dou uns retoques aos mesmo tempo que peço aos santinhos para não deixarem os quadros caír, numa parede que se assemelha a um passador.

Envolta neste espírito, a ele acorro entusiasmada no fim do dia a assistir ao cair da noite.

 

 

 

 

# inspira-me