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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

Lido por aí

"(...) a partilhar estas coisas que parece que não interessam a ninguém até que alguém as põe por escrito e de repente se transformam em temas fudamentais da existência humana.


A blogosfera, por muito que se lhe avizinhe o fim, tem este poder: transforma pintelhices em derradeiros assuntos de Estado."

in Rititi.

O lixo transformado em fetiche: arte moderna

Um burlesco pretende saber o que contem a lata de Manzoni.

Com dissimulada curiosidade, um amigo tenta demove-lo, enquanto nos dá (nós, leitores) uma lição de Arte.

 

É este o tema em torno de 30 gramas de dejectos (serão mesmo?) humanos.

 

 

 

"Diz que falsificar arte é a coisa mais fácil do mundo, porque as pessoas olham para as formas e sobretudo para a assinatura, mas nunca para as ideias." in MOURA, Leonel, "30 Gramas", Lisboa, LxXL, 2009. p.8.

"A obra de Manzoni é um jogo com o imponderável, aquilo que se pensa existir mas não se consegue detectar ou avaliar. Ao contrário do que pretende Wittgenstein, em arte fala-se sobretudo do que se desconhece. A obra é original pelo enunciado, pelo processo, e não pela coisa em si." idem, p.16

"A cultura é uma natureza como qualquer outra. Só evolui quando algo corre mal." idem, p.21

"Não são precisas muitas palavras quando realmente se tem algo a dizer", idem, p.24


"A ideia da iconoclastia está muito presente na cultura moderna e contemporânea. Frequentemente, a criação do novo é entendida como inseparável da destruição do velho." idem, p.58

 

MOURA, Leonel, "30 Gramas", Lisboa, LxXL, 2009

o Homem não consegue ter as mãos quietas, no caso Português, a língua.

"Faça uma figura em Origami e mostre-a".

Não me dei por vencida.
Inspirei-me e entusiasmei-me e fiz este, este, mais este colorido e este aqui.
E tudo num "pikeno" intervalo de publicidade na televisão.
Que categoria.

O que é que eu estava a ver mesmo?

 

 

  • Teoria da batata.


A arte do origami bem poderia ter surgido pela mão de um Português: esperamos numa repartição de Finanças; mumificamos numa Seg. Social; secamos como um bacalhau entre os infindáveis intervalos publicitários durante um filme na TV; desesperamos perante os longos minutos nuns lavabos de um Centro Comercial; perdemos a calma enquanto mendigamos a conta num restaurante pseudo-chique (bem, aqui nem tanto: o segredo é levantarmos-nos da mesa, que logo surge o empregado).

Origami bem poderia chamar-se a Arte de Bem Esperar Portuguesa.
Mas não.
Só não o terá sido graças às distracções que circundam o Português: a senhora do lado que mete conversa, a revista Maria ou a discussão acesa, agora envolvendo segurança, no guichè à nossa frente, com participação da plateia de quem aguarda - tal qual um ringue de boxe.

 

 

# Update 1: Eu e a minha impulsividade...

Scooter to scoot

"A popularidade das scooters ao longo do tempo está associada a factores económicos e políticos inerente à necessidade de um transporte - para homens e principalmente para as mulheres - atractivo pelo seu baixo custo, fácil de adquirir, de guiar (com menos cilindrada que as motos) e de estacionar".

 

 

Quem dita a moda? A mota ou o vestuário? No MUDE podemos ver como ambas podem andar de mãos dadas.

As Scooters da colecção de João Seixas apresentam-se num harmonioso conjunto de máquinas, agrupadas por anos e por tons.
Visualmente muito agradável, a exposição peca por algumas das plataformas desniveladas não permitirem a visualização completa tanto da máquina  como dos vestidos que a enquadram, e até mesmo das etiquetas identificativas (só com binóculos).

 

 

Alerto para a existência de duas pequenas vitrinas que quase passam despercebidas, mas que contêm um engraçado espólio: algumas publicações da época, onde é notória a razão porque são apelidadas de motoreta da e para a mulher.

Engraçado seria, permitirem o visitante manusear uma cópia daqueles exemplares - com um punhado de euros podiam ter tirado cópias, encadernado e pregado o livro à parede... ou simplesmente digitalizado e colocado no site do MUDE - a Gulbenkian é perita nisto...

 

Será porventura uma exposição com:


"(...) um duplo sentido: tanto designa a scooter, ícone mediático de um tempo e de um modo de vida urbano, jovem e democrático, como é também um galanteio à nova mulher, mais emancipada e profissionalmente activa que surgiu no pós- -Segunda Guerra Mundial", in DN online


O título é um pouco à Vasconcelos, verdade seja dita: "Lá vai ela, formosa e segura"...

Por mim...
O certo é que no conjunto, trata-se de uma exposição a evitar perder, que mais não seja pelo seu carácter curioso, diferente, fofinho, giro até.
"Cheira-me" unir duas vertentes capazes de agradar aos mais novos. Num cliché, motas para os meninos (o chavaleco) e lindos e/ ou excêntricos vestidos para as meninas (a chavaleca).

Testarei dentro em breve se o meu faro continua apurado (gaba-te cesto!).

 

 

 

 

Link do álbum.

 

Informações:

- MUDE: exposição

- local: Lisboa

- 22 de Julho a 24 de Outubro

- estúpidamente, é proíbido fotografar

- não consegui (ainda) saber se ao Domingo de manhã a entrada é gratuíta


# Proteja e respeite as obras, NÃO utilize o flash.

Portugal Telecom e o IVA

- o IVA mudou a 01 Julho para 21%

- as empresas tinham 5 dias  (de calendário) para poder facturar a 20%

- a partir dessa data, qualquer serviço, fosse de Janeiro a Julho, seriam taxados a 21%

 

Se assim é, porque razão a Telepac enviou a factura emitida a 10 de Julho com IVA a 20%?

 

Estará a senhora das Finanças equivocada? Algo estará a passar-nos (eu e da Sr.ª das Finanças) ao lado?

 

Bem, o certo é que, depois de confirmações e re-confirmações, informaram-me que íam re-emitir a factura... Já não percebo nada.

 

...

...

 

E já agora, os senhores da Vodafone também não são nada claros com tanta taxação diference a... 14 de Julho.

 

Alguém consegue esclarecer? Obrigada. :\

O Homem Sombra entalado

Para esconder a fealdade, os Gémeos deram-nos um céu estrelado.

O problema, é que continuamos entalados com os prédios devolutos.

 

 

Avenida Fontes Pereira de Melo, Lisboa.

 

Pra Quem Mora Lá, o Céu é Lá” - Os Gémeos, CCB, Lisboa, Portugal

Exposição temporária, 17/05 - 19/09/2010

As imagens encontram-se desligadas de toda e qualquer compreensão lógica, um enigma em permutação dos pintores como observador.

Os Gémeos criam, com a intensidade das suas obras, um mundo-refúgio, fantasmagórico e intemporal.

Os olhos também comem.

"Os olhos também comem", lá diz a sabedoria popular.
Mas esta, é uma máxima que já me deixou ficar mal muitas vezes.

Depois do balde de água fria com os sem sabor, ainda que bonitos, cupcakes, foi com alguma (muita!) cautela que me desloquei à gelataria actualmente na moda: Fragoleto.

"Gelados caseiros", "feitura tradicional", são os slogans que pautam as linhas que descrevem esta gelataria entalada entre edifícios pombalinos.


Eu - "Boa tarde"
Sr.ª - "Boa tarde"
Eu - ... humnn. Humnmnmnnmnm.... (indecisa perante o arco-íris)
Sr.ª - "...?"
Eu - "Quero um destes verdes, sff." (eu, esborratando o vidro com o meu dedo)
Sr.ª - "Menta?"
Eu - "É? ah ok."

 

Uma verdinha bola geladinha de menta bem suave, ou seja, menta qb., que não nos faz lacrimejar.

Muito agradável. Os batidos merecerão mais calma.

 

 


nota: as corvetes estão identificadas. É muito raro escolher um gelado pelo sabor descrito: recorro há cor... (-_-)''

Lido por aí

"Se eu escrevo que vou de fim-de-semana, sou uma puta porque com esta crise há imensa gente que nem sabe como comer, quanto mais pensar em passar fins-de-semana fora.

Se mostro fotos do sítio onde estou sou uma puta, a fazer pirraça a quem tem de ficar enfiado em 20 metros quadrados e cheio de fome.

Mas se não mostro, sou uma puta ainda maior, que deve estar num palacete banhado a ouro e que nem tem coragem de mostrar, tal é o luxo nojento."

 

in Cocó na Fralda

A Playboy passou-se e eu também quero mandar bitaites

A linha que separa a “liberdade de expressão” com “insulto”/ “invasão de privacidade” / “estupidez”, é cada vez mais muito ténue por quem detém poder de exposição.

Como tal, considero um discurso que há muito deixou de colar.

 

“Aparentemente, algumas pessoas ainda não captaram a verdadeira essência e conceito da revista", lamenta a Frestacom, que se "espanta" com a "atenção dada ao imediato em detrimento da análise profunda" que, sublinham os responsáveis, é transmitida na produção fotográfica.“

in Expresso

 

 

Acredito que tudo tem um contexto e usar  o “em nome da Arte” como justificativo, será tão mau como o “em nome de Deus”.

 

 

Assim, faço minhas as palavras dos MDC:

- "Há cada vez mais artistas, cada vez menos obras de arte"

 

 

 

 

Pouco me importa que digam que a minha opinião se encontra toldada pela tradição católica Portuguesa ou que “sinto as minhas susceptibilidades ofendidas” – mesmo não sendo crente.

 

Arte, pseudo-arte, pornografia, erotismo, ou simples devaneios pseudo-porno-artísticos, o certo é que o mau estar está lá perante estas imagens excessivas.

 

Também excessivo me parece a opção de encerramento da revista pela incúria e falta de miolo masculino de alguns.

Por outro lado, trata-se de uma optima acção de marketing e provavelmente as vendas dispararão.

 

Vamos a ver se no fim, estes serão aclamados como heróis ou se acabaram por dar um tiro no próprio pé.

 

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