Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

CSI Lisboa - a resposta

Link do vídeo.

 

Em resposta a este post "CSI Lisboa", deixo o vídeo de cima.

 

É certo que mesmo para uma leiga, é notória 3 falhas crassas de notas a partir do minuto 3, mas fico sempre impressionada com a rapidez de mãos dos músicos, mesmo que estes ainda estejam na fase de afinação como este moço Stewart (seja piano, violino, guitarra, trompete, etc.etc).

 

O vídeo eleva a outro nível o conceito de "filmagem caseira" com aquela tábua de engomar a espreitar.

É pena os seus dotes vocais não acompanharem os de pianista.
Talvez se deixasse de fumar... (não estou louca: vejam os bolsos, ok?... é assim que começam os rumores, upa-upa)

 

Stewart Bozarth é uma estrela no Youtube e possivelmente também lá no seu bairro.
Mas isso pouco importa.

 

Stewart, um jovem com um péssimo gosto de vestuário e em decoração de interiores, mas que depois de "graduating with my Bachelor of Science degree in Music, I plan to engage in intense study of contemporary compositional methods."

E isso é o que importa.

 

Que as suas mãos de ouro se tornem em diamantes.

Momento Geek - isto se percebesse minimamente do assunto

Depois de um longo namoro, finalmente adquiri a preço quase irrisório um NetBook (numa daquelas campanhas malucas do "promoção+saldo+desconto+pontos"): # Asus Eee PC 701.

 

Vendo todos os prós e contras, ao fim de um mês o balanço é sem qualquer dúvida positivo e o meu "Manuel" encontra-se completamente adaptado às minhas exigências e ao que era esperado:
 

- acesso permanente à internet;
- local para transferir fotografias enquanto em viagem;
- um programa simples de imagem e que funcionasse correctamente;
- pequeno;
- leve;
- resistente;
- e não muito feio.

 

No entanto, tem um lado B e como tal, de maneira alguma irá substituir um computador "normal":
 

- logo na primeira utilização, deu logo sinais de bloquear assim que iniciei o processo de retirar programas que jamais conseguiriam correr correctamente - restart algumas vezes até arrancar normalmente;
- quando se puxa mais por ele a memória virtual volta e meia queixa-se;
- o Windows Movie Maker é para esquecer: não corre e acaba por bloquear quando clico em todo o lado (já não estou habituada à espera da Microsoft);
- o teclado é muito pequeno e até eu tenho por vezes dificuldade em escrever correctamente sem pressionar 2 ou 3 teclas ao mesmo tempo;
- não tem entrada para CD e só tem uma porta USB;

- o monitor é pequeno, logo, muitas páginas têm de se fazer scrool: no entanto, a parte que fica cortada nos blogs geralmente diz respeito à coluna de navegação.

 

A relação qualidade-preço é satisfatória (o preço de lista era 119Eur), tratando-se de uma interessante alternativa para os que não podem adquirir um Iphone.

 

Momento twitter: o Manuel

Há instantes, umas senhoras da mesa do lado questionaram-me indirectamente (sabem, daquela forma que só as senhoras de uma certa idade conseguem fazer?):

 

Senhora 1 - "Hoje fazem aquelas coisas tão pequenas".

Senhora 2 - "Olha é um Manuel. É para os jogos, não é para trabalhar...?"

E ficam a olhar-me fixamente.

 

Eu - "Este é daqueles que servem para trabalhar."

Elas - "Ah, eu não percebo destas coisas, pensei que fosse um Manuel".

Eu - "A senhora refere-se ao Magalhães..."

Elas - "Esse, o do Sócrates".

Eu - "Isso mesmo."

 

Não posso gozar muito pois no melhor pano cai a nódoa.

 

 

Escapadinha do calor

 

Não gosto de temperaturas extremas, mas é um facto que me dou melhor com o fresco.
Com perspectivas pouco animadoras para deslocações a praias e as galerias já em período de fecho, já tarde desloquei-me ao Parque Florestal de Monsanto (Lisboa).

 

 

Sob as sombras dos pinheiros e tocada pela brisa perfumada, o percurso de manutenção é muito agradável e sempre pautado por bancos de madeira que nos convidam a descansar os pés, mesmo que não precisemos.

 

 

 

 

Ao chegar ao Moinho do Penedo, com uma vista deslumbrante sobre o rio e a "margem sul", depois deste primeiro contacto para "aquecimento" sugiro que larguem o percurso e adoptem os trilhos sulcados pelos amantes de BTT.


Se pararem por algum motivo (fotografia a plantas, p.ex...) terão de ter especial atenção a estes "tresloucados" ciclistas: no entanto eles largam ruidosos avisos.

 

Reentrem novamente no Percurso da Cozinha Velha e sigam até ao vosso ponto de partida - neste trajecto, o escolhido foi o que se encontra na base da encosta, mais perto da A5 e do Anfiteatro.

 

Link do vídeo.
 

Desloquem-se ao vosso automóvel e retirem a vossa lanchei carregada de gelo que esconde entre ele bebidas bem frescas e sandochas.

Arrastem-se até à Av. Keil e procurem um banco de pedra que tenha sempre estado à sombra, descalcem-se e deliciem-se com o vosso lanche enquanto vêm coelhos saltitões e esquilos vermelhos a passar por vós.

 

MP3 não é requerido: a sonoridade deste Parque é muito boa.

 

O D. Quixote é homem!

 

Um D. Quixote digno de constar nas páginas de um kamasutra.
É este o feedback directo sobre um livro para crianças de 10 anos que conta as peripécias deste herói clássico, mas de forma que nada tem de tradicional: segundo consta contem imagens pouco versadas para aquelas idades.

 

 

 

Mas verdade seja dita, os 10 anos de hoje não são os mesmos 10 anos de há 15/30 anos, basta presenciar a uma conversa com jovens nesta faixa etária - dos 10 a 13: garanto-vos que não é do Festival Panda que falam.

 

Isto levantou tanta celeuma que até a Igreja se prontificou a dizer de sua justiça.

 

Mas é uma verdadeira maçada todo este sururu: adoraria saber o que teriam feito com "A Ilha dos Amores" n'Os Lusíadas de Camões.
Bem, pelo menos o interesse nos nossos jadolescentes (faixa dos 15-18) seria sem alguma dúvida, amplamente despertado. ahah

# notícia lida primeiramente aqui.

Tara McPherson

Assim de repente o nome não diz nada: Tara McPherson...? Quem?

Até que a confusão dá lugar a um brilhozinho nos olhos ao poisá-los nesta imagem.

 

Não serei grande apreciadora quanto ao género e o meu conhecimento quanto ao trabalho desta ilustradora começa e acaba em: Fables e SandmanThessaly Witch for Hire #1 (na imagem).

Mas os seus "bonecos" naquela edição são bem... fofinhos... numa forma retorcida.

Imperdíveis.

 

Esta irá estar na Kingpin Books (Lisboa), no dia 18 de Julho (entre as 14h e as 19h?), e onde poderão ser vistas algumas das suas pranchas.

 

Informação descaradamente surripiada DAQUI

 

O Minimalismo de Dan Flavin

"Alguns aspectos da arte minimal que eu considero mais importantes, não se adequam assim tanto aos predicados característicos do rótulo de masculinidade: ela revela-se, por exemplo, muitas vezes e em diversos graus, decorativa, leve e colorida",
 

BATCHELOR, David, Minimalismo - Movimentos da Arte Contemporânea,

Lisboa, Editorial Presença, 2000, p. 13

 

 

Algumas ideias quanto ao Movimento (anos de 1960):
- existe uma síntese artística reconhecida na Bauhaus;
- O Minimalismo surge numa altura em que o conceito Arte estava em profundo debate: Arte e não arte;
- Em 1965 foi lançado o “Specific Objects”: aqui era debatido onde catalogar uma determinada obra que, por não poder ser considerada pintura nem escultura, foi introduzido o conceito e a designação de “arte tridimensional” ou “objectos”;
- teoricamente rejeitam a figuração, reduzindo-se ao essencial (tanto nas formas como no cromatismo) e buscam o impessoal, recorrendo para tal a materiais industrializados.

 

São destas inquietações que surge Dan Flavin com as suas “propostas”.

 


Em 1964, Donald Judd considerava que “a luz constitui um objecto industrial e familiar; consiste num meio novo de arte” (p.32)


As “propostas” de Flavin são peculiares dado ao próprio suporte:
- utilização da lâmpada como meio;
- a luz torna-se parte integrante do espaço: ao invadi-lo e dando-lhe novas tonalidades; a arquitectura não é um mero fundo cenográfico para as suas propostas;
- o recurso ao contraste luz-sombra por Flavin e outros artista, veio alterar a percepção do observador;
- existe uma equiparação à pintura no uso da cor: a luz é a sua tinta;
- ligação ao ready-made;
- segundo críticos, a sua obra parece parada no tempo - não sofre desenvolvimento desde 1963. Flavin corrobora essa noção, mas avança que ela não se desenvolve, modifica-se: variações de cor e formatos.

 

 

A Colecção Berardo (CCB - Lisboa) apresenta alguns neos de Dan Flavin e pertencentes à Colecção Panza.


Sendo dos poucos artistas facilmente reconheciveis, as suas propostas nunca deixam o observador indiferente.

 

Ao transpormos o primeiro vão de entrada, somos envolvidos por uma brancura que nos fere mas que rapidamente nos surpreende pois afinal não é branco mas rosado - a luminosidade da outra sala mistura-se e esbate-se com a primeira.

 

As sermos sugados por esta torrente de cor, verificamos que afinal não é rosa, mas também de outras cores.

Estas emanem de vários conjuntos de lâmpadas colocadas em duas paredes opostas.

 

A meio da sala existe um assento em acrílico transparente que só é perceptível quando tropeçamos nele... literalmente (não tive culpa desta vez! Aquilo era invisível!)

 

# Aquela tralha no meio da sala, está sobre o banco invisivel...

 

Experimentem a sentar-se para sentir aquela luz que irradia de todos os lados.
É aconselhavel visitar as duas salas num dia calmo e pouco ruído, para que o efeito possa ser atingido.

 

 

Informação adicional:

- pdf da exposição AQUI; (entrada gratuíta)
- bibliografia: BATCHELOR, David, Minimalismo - Movimentos da Arte Contemporânea, Lisboa, Editorial Presença, 2000.