Lido por aí
Acabo de tropeçar nisto (por aqui) e é com profundo espanto que observo um crítico de literatura a ter um colapso, um ataque histérico.
Edward Champion (New York-based free-lance writer) teria acabado de ler "The Kindly Ones" por Jonathan Littell: um livro tão mau, mas tão mau, que por pouco lhe provocara um AVC.
Depois do caos lançado e o review feito no Sun Times, (no passado 29 de Março), aqui, Edward explica que nenhuma das suas críticas são tomadas de animo leve, pois leva em conta todo o trabalho (bom ou mau) de alguém. Surpreende-se contudo com o facto de este livro apresentar tamanha aceitação em França.
Existem vozes discordantes que tentam fazer uma outra leitura, do que alguns consideram uma novela pornográfica nazi:
Mas nesta review há algo que desperta a atençaõ: "I ended up with only strange, uncomfortable questions."
Terá Jonathan Littell realmente querido tocar em algumas feridas ou será somente uma especulação, o mero uso da violência e a atitude-choque para fins comerciais?
Inclino-me para a segunda opção dado que também esta novela alia uma outra característica nefasta tão comum nos nossos dias: o livro a metro/ a quilo.
Pelo panorama actual nas nossas livrarias, temo que os escritores desconheçam o conceito de "capacidade de sintese". Todos querem ser o novo Tolstoi ou o novo Eça.
Não há pachorra, irra!