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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

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conceitos sob o ponto de vista do observador

Belleville Rendez-Vous

Eu nem sei bem que dizer sobre esta animação.

De poucas palavras, a estória vive em torno de um menino que tem uma paixão pelo ciclismo. Paixão esta, descoberta pela sempre atenta Avó, Madame Souza.
Este menino chama-se Champion Souza.
São uma família humilde que desenvolve este desporto como pode - a Avó é a treinadora.

 

Mas um dia, um magnata "das américas" rapta um punhado de ciclistas que vai ficando pelo caminho numa prova do Tour de France.
Entra em cena a Avó que se envolve numa pequena aventura de salvamento.
No processo, junta-se a ela as trigémeas BelleVille, e desenvolvem um plano de salvamento.


Os diálogos são praticamente inexistentes e o ritmo do filme é arrastado.
Esta animação vive da fantástica imagem que tresanda a anos 30.
 

 

As figuras caricaturadas dos americanos são hilariantes - nem escapa a Sra. Liberdade.
O cão gigante e obeso - Bruno - que tem um trauma relacionado com os comboios é deveras cómico.
O ambiente parisiense com o nova-iorquino é maravilhoso.
A casa da Madame Souza, só falta ter cheiro: consigo reconhecer aquele som oco de passos sobre soalho ou as portas a ranger nas casas dos bairros antigos - é-me familiar e acolhedor.

O cuidado sonoro é delicioso - sons do nosso quotidiano.

 

Belleville Rendez-Vous encontra-se pejado de referências de época: desde o cinema, à pintura, à música e a personalidades ligadas às artes.
Poderão conferir AQUI.

Link do vídeo.

 


Um detalhe engraçado:
Só me "caiu a ficha" quando ouvi um desafinado "É uma Casa Portuguesa".
Souza...? SOUSA?!!
O ciclista, pah! A Madame Souza é Tuga!!! - gritei eu mentalmente.

(8/10)*****

máquina viva

Quando oiço isto aos gritos, sinto o meu coração a esvaziar-se.
Num sentimento masoquista, fica cada vez mais apertado e mais e mais e mais, num ritmo que acompanha a catarse do refrão.

Will those feet in modern times
Understand this world's affliction

 

Mas quando oiço ISTO sinto o meu coração a encher-se de calor.
E sob esta sensação, sorrio durante aqueles 4 minutos.

Soldiers, you've got to soldier on
Sometimes even the right is wrong

 

Este é o poder da sugestão em formato de música.
Dois exemplos, de conteúdo simples, mas que atinge o seu objectivo.

O que difere então, se até própria instrumentalidade parece semelhante?

Parece-me ser a cadência de ritmo (um ligeiramente mais lento que outro) e a voz dos interpretes (uma áspera e outra mais cristalina).

 

Céptica quanto a estas abordagens - muito por desconhecimento, admito - cada vez mais acredito que no papel das terapias (e terapeutas) "manipulativas" (diferente - segundo parece - de "manipuladores"). Entre elas, a terapia do/ pelo som.
O ser humano absorve e reage ao que o rodeia.

... para pior ou melhor.

Persepolis

 

Há filmes que podem ser tristes, irritantes, introspectivos, fortes, com humor, despertar revolta.
Persopolis é um deles.

 

Marjane Satrapi é o nome de uma jovem do Irão, que conhece a guerra, a perseguição a quem tem ideias próprias.

Uma mulher que quer gritar Liberdade, mas que acaba por se habituar e entrar no "sistema" - choco-me como o desrespeito pela Vida pode tornar-se uma brincadeira.

 

São histórias do Outro lado, cheias de lições de vida.
 

Destaco a figura matriarca da sua Avó: uma senhora cheia de sabedoria, uma voz da consciência. 

(09/10)*****

Filmes ao serviço do marketing turístico

 

 

- "Mas tu estás 'onde?.... E a ver o QUÊ?!?"

 

Esta poderia ser a pergunta de um milhão de dólares quando atendi aquela chamada.

Numa madrugada de temporal da semana passada, dei por mim num estúdio vazio a ver o Twilight - Crepúsculo.

Na altura pareceu-me boa ideia.


Temendo o pior, adormecer e acabar fechada numa sala de cinema, tinha tanta cafeína no meu sistema que os meus olhos pareciam dois faróis.

Daquele filme pejado de clichés adolescentes, medíocres interpretações (dou o benefício da dúvida e culpabilizo os diálogos), não rezará a História.

Ponto final. Parágrafo.

 

Mas discretos diamantes escondem-se por detrás deste filme!
Ei-los: La Push e a floresta de Portland.


Numa breve pesquisa, ficamos a saber que a original novela de Stephenie Meyer é narrada na área de Forks - Washington: o belo Parque Nacional Olympic.

 

   

                  Olympic Park                                               Oxbow Park (Multnomah)


Especulando se por motivos logísticos (ou de orçamento) - sendo irrelevante para o momento, foi escolhida uma outra floresta húmida.

Mais pequena é certo, mas não menos bela: A floresta de Oxbow Park - New Portland (Monte de Santa Helena).



   

                Multnomath                                           Latourell

Esgravatando mais ainda, ficamos a saber:
- que o único ponto de interessa daquele lugarejo de seu nome Portland é a cascata Multnomah Falls que parece rivalizar com as inúmeras do Olympic Park;

- que meia dúzia de quilómetros mais à frente tropeçamos numa outra cascata - a Latourell;

- que Oxbow Park, é atravessado pelo histórico Sandy River Gorge;

- que NP é um local predilecto para os amantes do rafting, dos festivais do salmão e dos campistas.

 

A 5 horas de Portland, já no Olympic Park, chegam-nos principalmente imagens de La Push.

Não serão as suas cidades de cmento e vidro que me farão atravessar o Atlântico, nem a sua cultura urbana e nem mesmo o  Museum of Art em NI.

Pessoalmente, a mais valia dos EU é e será sempre o seu Património Natural.

Realidade e Capricho

Até 25 de Maio pode ser visitada a exposição Realidade e Capricho na Fundação Medeiros e Almeida.

 

Pinturas com tratamento como se fossem miniaturas (grande característica da pintura flamenga), podemos ver vários temas de natureza morta, um punhado de temas religiosos, outros tantos paisagísticos (campestres e náuticos) e 2/ 3 retratos.

 

Nas natureza-mortas destaco os belos insectos que povoam os diversos quadros, por vezes tão pequeninos que facilmente os confundimos com uma pequena sombra.
Uma aula de entomologia poderia ser dada com base naquelas pinturas....

No entanto, foram os quadros do quotidiano que mais me encantaram. Parecendo saídos de ilustrações de contos infantis, com as suas cores vivas, minúcia de traço e riqueza de elementos, só faltava o som para nos inteirarmos completamente da vida daquelas pessoas.

 

Alguns nomes sonantes nesta exposição: Pieter Brueghel II, Goyen e Cornelius(?) - bem me parecia que devia ter apontado o nome destes dois últimos...

Casa-Museu Medeiros e Almeida

 

Algures no tempo, já mencionei que os meus museus favoritos são as casas-museus.
Não são tão impessoais e cheira a... casa. Cheira a conforto, ainda que o seu recheio seja de uma ostentação sem igual.

É neste contexto que se insere a Casa-Museu Medeiros e Almeida (Fundação) - Lisboa.
Um espaço que dá primazia às Artes Decorativas.

 

Distribuído por três pisos num mui simpático palacete, vemos inúmeros contadores e outro mobiliário francês, estatuária portuguesa, porcelanas nórdicas de linda policromia e ornamentação onde o realismo impera (dois candelabros fabulosos de quatro hastes cada ,sobre uma cómoda Luis XV - com borboletas muito delicadas feitas em metal).
Os tectos das salas, nomeadamente o da sala do piano e o da sala anexa em delicados vegetalismos (assemelham-se às chinoiseries na versão portuguesa, mas mais naturalistas e menos "atafulhadas" de desenhos).

 

Subindo uma escadaria simples, chegamos aos aposentos privados onde tudo foi disposto como se ainda hoje fossem utilizados. Pequenos detalhes denunciam isso: uma cama aberta, um chapéus e bengala "esquecidos" sobre uma cadeira, um armário com telefonia semi aberto, livros "espalhados".

Foi muito engraçado quando todos os relógios começaram a dar as horas, numa sinfonia sincronizada.

 

E as jóias?
E os quadros de Botelho?
E as caixinhas de rapé de todos os tamanhos e feitios - só suplantadas com pela gigante colecção na Fundação Oriente?
E quando no meio de relógios e outras maquinetas deparamo-nos, num minúsculo relógio de bolso, com uma representação de sexo explicito??

AHAHAH Hilariante!

 

 

Como aos Sábados, das 10h - 13h a entrada é gratuita, aconselho a uma visita faseada.
Há muito para descobrir para quem vai com olhos de verrrrr ---> O_O

 

Informação adicional:
- proibida a captação de imagens
- o fo
lheto que geralmente serve um pouco de guia da exposição/ do local, é paupérrimo de conteúdo.

- site: AQUI

Folclore giro

Na NG, está um top 10+ de monstruosidades do folclore actual.
Sendo uma tabela em contexto americano, predominam os avistamentos do BigFoot (até mesmo o monstro do pântano é um humanóide bem felpudo). É giro ver como os relatos, ou pelo menos, o pico dos relatos coincidem com o lançamento de filmes como KingKong ou a Guerra das Estrelas (Chewbacca).

 

  

 

Por outro lado, menos vistoso é certo, podemos ver uma singela listagem de seres mais comuns do "nosso" mundo fantástico: as serpentes ou os polvos/ lulas gigantes que abraçam os barcos incautos.

última hora - a parvoeira

Acaba de cair um avião em NY e graças à sorte e perícia do piloto, aparentemente todos os tripulantes sobreviveram e terão saído mais ou menos pelo seu pé.

 

Agora vem a parvoeira:

Rodrigo Guedes de Carvalho:

- "É obrigação profissional do piloto procurar a superfície mais macia para aterrar".

Colmatando com a sua expectante espera por imagens do impacto na água, pois, segundo este, haverá muitas câmaras na zona por ser NY.

Já o vejo mai logo a navegar no YouTube, ao "bom estilo" do "Está a gravar".

 

Clara de Sousa: - "Passageiro disse haver sangue por todo o lado".

Ai sua sanguinária: - "Sr. Comandnte, havia muita gente a sangrar".

E com isto, desligo a televisão.

 

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