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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

E se um estranho te oferecer flores numa paragem de autocarro?


Não faças perguntas.
Aceita e cala.

Se recusas, corre. Corre como se não houvesse amanhã.

 

Se resistires, poderás dar de caras com um jovem desconhecido muito choroso que procurará despejar todas suas mágoas em cima.
Qualquer desculpa, como uma alergia imaginária às flores, não calará o seu desejo de te contar porque não é amado-pela-sua-amada.

 

... Não fiquei para saber o desfecho. Fui a pé até meio do meu destino, depois de delegar o testemunho a uma senhora que diligentemente se deleitou com os pormenores que sofregamente solicitava.

Enquanto caminhava, imaginei-a a esventrar o coração do chavalo em busca do seu sofrimento e a sugá-lo: sem dúvida já teria tema de conversa no seu salão onde faz as "misses" e as "néiles".

 

Quase me senti uma c** e tropecei ao ficar tentada em resgatá-lo daqueles tentáculos.

Mas nem sou esta vizinha nem este.

Pergunto-me se a esta hora restará algo mais que uma carcaça seca naquele banco gelado de inox.

 

Eis o genuíno "reality show" e este, vive numa paragem perto de si.

 

 

ADENDA: Perguntaram-me o que fiz às flores.

As duas gerberas?

Dei-as a uma menina que passava, acompanhada pela sua avó.

Péssimo

É o que me ocorre depois de ver a pretensa entrevista ao quarteto Gato Fedorento.

 

Se aquelas eram as melhores perguntas enviadas, não imagino ocorre como seriam as piores!

Ai Ricardo-Ricardo, só mesmo a tua tirada ao comentário "vampírico" valeu o tempo em que vegetei à frente do televisor.

Em honra de São Miguel Arcanjo

 

A única afinidade que eventualmente poderei ter com  a Religião Cristã, será sem dúvida as artes decorativas com que sempre fez questão em rodear-se ao longo dos séculos.

Mas, apesar de tudo, sou moçoila dada a algumas tradições de cariz religioso.

 

Existe uma que sempre me encantou: a colocação da melhor colcha ou da manta mais bonita na varanda/janela à passagem do Senhor - para quem não sabe, Este vai no ostensório.... para quem não sabe, é algo muito semelhante a isto.

Com grande desapontamento, pensei uma tradição perdida....até vislumbrar uma bela toalha de renda cobrindo o varandim de uma senhora.

 

# Queijas.

Porra! Não me aborreçam, pah!

Há coisas que me irritam profundamente. Uma delas é a imagem que a comunicação social dá do mundo blogueiro.

O alvo agora escolhido são os blogs.

 

Mas pior, é essa a imagem que cola e que fica nas pessoas que não sabem (nem tão pouco se interessam) pelo que se passa neste gigante mundo cibernético.

 

"Olha anda ver! Uma mulher esta a ser perseguida porque tinha um blog".

 

Porra! As mulheres são também perseguidas por (ex)namorados. Não será uma questão de más opções?

 

O Folclore Português é "cool"?

 

Acredito que os Ranchos devam deixar o seu amadorismo e tornar-se profissionais.
Sem aqueles mofentos sentimentos saudosistas.

 

Esta Cultura Popular, para muitos, não faz parte da sua tradição familiar: os únicos familiares que possivelmente contactaram com este género de musicalidade, na melhor das hipóteses, remontarão aos trisavós.

É por isto que acredito que o Folclore deva ser encarado como património não edificado sério e procurar elevar o seu estatuto.

 

Com as devidas limitações, parece-me que a Casa do Minho tenta dar este salto.
Como pode isto ser visto? Nos detalhes: no cuidado do vestuário, na forma de estar, no reportório.

 

Link para o filme.

 

No filme: festas de São Miguel Arcanjo - Queijas, 2008
O pormenor das rendas, dos bordados, nos tecidos empregues, demonstram um pouco da beleza e o colorido da arte têxtil portuguesa - pena a qualidade do filme não permitir a devida observação.

 


O Folclore não é só para ser visto. É principalmente para ser ouvido.
A riqueza com que os cancioneiros das " Gentes Antigas" brincavam com as estrofes ao brindarem uma Menina, conseguem facilmente arrancar-nos gargalhadas. Sem brejeirice ordinária, mas com muito humor.


Ao contrário do que acontece no Japão (para dar um exemplo longinquo e sem significadtiva comunidade portuguesa residente), no nosso país o Folclore Português não é muito bem visto.
Mais rapidamnte conseguimos ver uma sala cheia com um espectáculo  mediano de Folclore dos Países de Leste (como aconteceu em Cascais), com Flamengo (como no Tivoli), com os Celtic Legends (como no Casino de Lisboa) ou com Taiko (como na Gulbenkien) do que com os nossos Ranchos de "elite".

 

Falta-lhes estatuto e claro, uma boa máquina de marketing.


Aproveito para deixar aqui que no dia 12 de Outubro, irá realizar-se em Belém a "Tradicional Romaria Minhota da Casa do Minho em Lisboa".

Espero que, como sobejos profissionais, finalmente a Casa do Minho dê mais um passo nessa direcção e comece a respeitar os horários: até hoje, nos eventos a que fui, estes nunca foram pontuais. Talvez eu tenha tido azar.

 

 

 A Casa do Pessoal da Universidade de Coimbra disponibiliza online imagens de alguns trajes e alguma informação sobre estas artes.

 

A Voz do Fogo

Moore presenteia-nos com doze contos que estão interligados por subtis referências a personagens, objectos ou situações.
Um conto onde o autor não recorre às conjugações verbais ou um outro que, ao estilo de Saramago, omite as pontuações ortográficas, foram para mim uma dor de cabeça - ainda que no segundo caso recorre-se ao "truque" da leitura em voz alta.

Mas a sua forma de escrita é coerente com os projectos anteriormente apresentados.
 

Quem lê "A Voz do Fogo", espera-lhe um mundo tenebroso, cruel, com personagens surreais em que a fronteira entre a Vida e a Morte nem sempre é clara.
 

MOORE, Alan, "A Voz do Fogo", Saída de Emergência, 2006.

(8/10) ****

pinacoteca

Como apontamento feito na margem de um jornal, a pinacoteca não é "todo aquele que gosta de dar pinocadas" ou "a arte de bem fazer o pino".

A pinacoteca está para os quadros como a biblioteca está para livros.

 

Em São Paulo (Brasil) encontra-se uma Pinacoteca, um centro de arte considerado num dos mais importantes do país.

 

>>

aspecto do interior e de uma peça

Gulbenkien Som Sistema

Link do vídeo

Diferentes texturas de pavimentos, a obrigatoriedade de alteração de velocidade de marcha e o som que tal provoca.
Nestes 120 segundos, a nossa sombra distorcida e saltitante torna-nos parte integrante desse pequeno mundo mesmo quando tropeçamos, quase caindo, ou atropelamos umas pombas teimosas...

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