Chamam-se U-Min e estão a tornar famoso e a desenvolver um estilo conhecido por Popping.
São uma crew do Japão e que alcançou o estrelado internacional com participações em video-clips tais como no de Missy Eliot, Martin Solveig (só eles me fazem aguentar aquele sonzinho pipi) ou uma irrisória aparição no último video de Madonna (4 minuts).
Basta pesquisar um pouco para encontrar videos dos tempos em que eram "somente" conhecidos "lá no bairro".
As suas actuações altamente tecnicistas, fazem-nos verificar algumas vezes se teremos problemas na nossa ligação de internet: a lentidão ou os "saltos" de imagem são surpreendentes.
Algumas vezes referenciados como uma crew "avant-garde", o seu background não poderia estar desligado do street dance mais convencional e reconhecido com o Hip-Hop.
Seguindo a sugestão e o preview deixado por "Coisa minhas e Outras" num outro artigo, vasculhei na "Mercearia" Fnac e lá se fez achar uma Edição Especial de Blow Up (preço mega verde).
Sob o pano de fundo de um retrato da sociedade nos finais de 1960, desenrola-se uma história de mistério e crime. Um fotografo excêntrico capta imagens que só aos poucos se vão deixando ver. Confuso? Nem tanto.
A traços, a história anda à volta de uma imagem que um fotógrafo faz num jardim, e de algo que ele descobre na foto, mas não destrinça logo o que é.
Vai fazendo ampliações de ampliações até começar a ter alguma coisa mais perceptível, só que à medida que aumenta a foto, aumenta também o grão (estamos a falar de fotografias com negativos), e o que ele consegue distinguir não tem o detalhe suficiente para ele ter a certeza do que se trata. Está ali algo, ele sabe o que é, mas não sabe identificar. Ao mesmo tempo que o fotógrafo procura uma pista nas ampliações cada vez com mais grão, um tipo que vive na mesma casa que ele, onde moram muitos mais, tipo comunidade artística , mostra-lhe uma pintura pontilhista em que está a trabalhar mas que não sabe ao certo no que vai dar. É um fabuloso paralelismo. Dias depois o fotógrafo volta ao local para procurar alguma pista, e não encontra nada. Ele sabe que fotografou, mas nada existe. O filme acaba com uma cena em que uma troupe de mimos joga ténis. No final uma bola lançada alto sai do campo, e a câmara acompanha o seu lento rolar até parar aos pés do fotógrafo. A bola não existe, nem se vê. São mimos que estão a jogar. Mas a câmara segue o movimento exacto que a bola teria, e nós acabamos por a ver, sem que ela exista. Sem ter também já a certeza do que existe ou não, o fotógrafo apanha a bola - que não existe nem se vê - e lança-a de novo para dentro do court. Quem será que apareceu naquela foto? Existe realmente, ou apenas na foto? Levando mais longe a interrogação filosófica, existe quem não aparece? O que é existir então?
Os enquadramentos são belos, experimentais e muito ergonómicos, lembrando até a fotografia alemã de Movimentos da época. Ao recorrer ao termo "ergonómicos", utilizo-o no sentido em que capta os movimentos naturais do local, assim como dos elementos inseridos nesse mesmo espaço recorrendo à figura humana não estática como elemento de ligação.
O filme encontra-se pautado por intervenções tão em voga na época: o action live. Às tantas em segundo plano podemos ver um belo contador com embutidos madre pérola...
O desejo do sossego de nossa casa parecia-me um Santuário idílico.
Idílico pois meio esbatido, lá ao longe, conseguía ouvir trechos de um "Aperta-Aperta com ela" e "Poeiráááá, lÉvantou PÚeiráááá" de um qualquer concerto local.
Assim vai a nossa Cultura de Verão, a um punhado de quilómetros de uma metrópole que se quer europeia.
A pimbalhada desfasada do costume, portanto.
Um deles vai ligar ao Convento dos Capuchos, que fica a oito quilómetros daqui, e um outro desemboca perto da povoação de Rio de Mouro, mesmo junto ao ribeiro que passa naquela povoação."
Poderá haver muito a dizer sobre o Castelo de Sintra.
Mas esta fortificação datada do século IX com vestígios ainda anteriores a essa data, é sempre um interessante objecto fotográfico.
A mais valia desta construção em ruína é a paisagem e algumas pequenas curiosidades históricas ao longo dos percursos pedestres que serpenteiam no Monte da Lua.
Sugestão:
Pesquisar sobre os seus mitos e lendas e mapear esses locais. Com base nesses pontos, delinear um trajecto e percorre-lo de manhã cedo.
Apesar destas pequenas curiosidades da cultura de Sintra, surpreendeu-me o pouco ruído matinal das aves deste bosque do Monte da Lua: com uma vegetação tão serrada e com um trafego que suponho ser alto ao longo do dia, esperaria que estes animais já estivessem mais habituados à presença humana.
As lojas dos Chineses são para mim a Meca da tralha e dos gadgets. Um mundo mágico onde é possível encontrar as coisas mais descabidas, e onde a má confecção é o prato do dia.
Mas foi com muito gozo que triunfalmente disse o nome da loja onde adquirira a lanterna-sempre-em-pé: