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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

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conceitos sob o ponto de vista do observador

Um fiasco e dos valentes

Mau, muito muito muito muitooooooooo mau. É como consigo descrever o filme "The Mummy: Tomb of the Dragon".

Esta aqui que vos fala, é uma fã incondicional dos dois filmes anteriores.

 

Sem fio condutor, as personagens parecem correr de um lado para o outro, sem rumo.

Os carismas de Brendan Fraser e de John Hannah foram totalmente cilindrados pela terrífica actuação gélida de Maria Bello.

Mas onde raio se enfiou Helen, com os seus movimentos amplos e grandes olhos expressivos? Maria Bello, com os seus pequenos olhos que parecem pepitas de carvão, foi dar a morte certa à alma de uma das 4 principais personagens que fizeram da Múmia o sucesso que tem hoje. Só aqui, esta versão 3, ficou manca desde o inicio.

Não teria sido mais sensato esperar pela disponibilidade de agenda de Rachel Weisz? Porquê a pressa?

 

O filho deste casal aventureiro, também foi escolhido a dedo.

De tanto jovem actor por aí, foram buscar o mais canastrão de todos. Pior que isso, aparenta ter a mesma idade que os seus "pais".

 

Os diálogos são inexistentes e as piadolas, as poucas que escaparam, foram inseridas à força totalmente descontextualizadas.

 

Também neste filme que se quis de aventuras, Jet Li, manteve-se igual a si mesmo. Mal abriu a boca e distribuiu pancadaria de molho.

Sobre as criaturas, não tecerei comentários, pois ainda estou a digerir os Yetis.

E que raio de final foi aquele com um "retrato" no ceú de areia? Alguém andou a ver muito VanHelsing e olhem que não fui eu...

 

Pontos positivos.

Este conceito empregue nesta múmia é interessante e fiquei muito entusiasmada com a relação feita com o exercito de barro e a história em torno da construção da Muralha da China (nesta atenção ao detalhe, "explica" o porquê de um dos guerreiros não ter cabeça - para quem conhece as imagens deste exercito irá facilmente identificá-lo).

 

E que belas cenas de interiores este filme tem.  A sala do "Chateau"  inglês, o quarto onde dorme o imperador (vejam só os panejamentos e o leito!), a cama no quarto na gruta...

Alguns frames do filme, são também belos, muito ao estilo orientalizante - terá o Jet Li dado o ar de sua graça atrás das câmaras? 

 

Acredio que com Rachel Weisz, um jeitinho ao argumento e com uma desacelaração na correria, A Múmia 3 teria tudo para ser um bom filme de aventuras divertido, como os anteriores dois.

 

... Mas yetis??? E de olhos azuis???

Os Ossos do Arco-Íris

Em Os Ossos do Arco-Íris, David Soares presenteia-nos com três contos negros.

 

O "Cara-em-Obras" desenvolve-se em torno do mítico "papão". Se o conhecerem terão razão para o temerem. Aqui recorre a um interessante conceito - os Filhos do Vento.

"Hinos de Um Ser Superior", com um lobisomem  à solta pelos corredores do Oceanário oriundo das terras africanas.

Em Ossos de um Arco-Íris, uma vila onde o conceito de simpatia é inexistente e onde o Mal descansa com os seus monstros".

 

Todos de linguagem crua, imagens violentas e de personagens estranhas cujos seus únicos intentos são os de alcançar os seus objectivos. São criaturas que acabam por mostrar a podridão de costumes da Sociedade.

 

(8/10)****

>>Maria

E magoou-se o amigo Benvindo?

Sinceramente já não sei se as Juntas fazem de propósito, ou estão em contenção de custos ou simplesmente não querem saber.

Depois de tanto tinta e tempo de antena ao assunto (lembro-me que há dois anos esteve muito na moda), o nosso amigo Benvindo insiste em aparecer em todo o lado.

 

Hoje um senhor surripiou as fotos da Marta (as da rotunda) e enviou-as para a Sic. O_O...céus, ao que chegamos.

Boredoms

Há dias chegou-me às mãos um álbum com uma única indicação: vê lá se gostas disto.

 

São barulhentos, são de Osaka (Japão) e são espantosos.

Eis os Boredoms.

Pertencem à corrente do Rock Experimental e a sua música não é para ser levada a sério no tradicional sentido da palavra. Estimulando os nossos sentidos, Boredoms força-nos a senti-los e a divertirmo-nos.

 

É uma montanha russa de sons, mas também de introspecção - como o single "Zutto".

Dado não o ter encontrado no U-Tube o "Heart", deixo o não menos espantoso single: "Circle".


 

Ribeira dos Salgados da rotunda do ramalhete

Se existisse tal tabela, Portugal deveria constar no pódio do país com o maior número de rotundas per capita.

Em Ribeira dos Salgados, sem recorrer a figuras da moda como Francisco Simões ou Rogério Timóteo, também arranjaram a sua pequena solução.

 

A Rotunda Tanque ou Rotunda Poço. Como preferirem.

 

Querendo estimular a interacção entre obra/ local e espectador, o artista deixa à consideração do observador o título, reforçando o seu papel.

Ao colocar em destaque a escultura de cimento cru, concentra a atenção para a mesma enaltecendo deste modo o duro trabalho da mulher não emancipada de outros tempos e o seu papel como pilar na limpeza doméstica. Isto, contrastando com o romantismo daquela que espera pelo seu príncipe encantado, aqui representado pelo belo ramalhete de planta, comum nos quintais portugueses.

E que tal esta explicação? hein?

 

Ou então, as Estradas simplesmente não tiveram em consideração o facto da existência de um poço.

Sim, também pode ser isso....

Muchas gracias Marta.

Um aparte

Há coisas que me irritam profundamente tais como ter de esperar que um gelado deixe de ser um calhau e descongele até um nível aceitável para que possa pelo menos ser cortado...

 

É o que eu estou a fazer neste momento.

C Walk

Há tempos, em pleno subúrbio fora de terras lusas, vi-me rodeada por um conjunto de Pintarolas de bonés de lado, que se abanavam enquanto aguardavam a chegada do Bus.

Pensei - "Mas que merda estão estes gajos a fazer. Isto não é breakdance."
E a coisa ficou por aí.

 

Graças ao maravilhoso novelo que é a internet, lá exclamei - "Olha-olha, aquilo afinal tem nome".

Apresento o C Walk - Criminal Walk com variantes como Clow Walk ou o Crip Walk ou o não sei das quantas Walk, que por outro lado, podem bem ser a mesma coisa.

Ah e tal, é um estilo ligado aos gangsters e que teve inicio na década de 70...

Queridinhos, podem chamar-lhe o que quiserem. Mas lá por um chavalo com ar de manfio andar aos saltinhos de forma estilosa, isso nunca deixará de ser sapateado na versão estilo livre mas com "mais atitude", tá?

Se não sabem do que falo, abram a pestana e vejam filmes da década de 50 onde entrem blacks, prestem atenção a alguns passos de Gene Kelly e vejam menos 50Cent - porque levar um balázio nas trombas não é cool. É estúpido, ok?

Criminal Walk... cambada de Cromos...

 

Bem, adiante.

Existem depois aqueles que se "especializaram" em C-Walk e dedicam-se a ensinar gratuítamente quem deseja partilhar a sua paixão.

Eis dois interessantes exemplos.

Por Kyren

E eu sou do tempo em que a meínha branquinha com o belo do téni era gozado e chamado de "pé de gesso", pft...

Já ninguém usa ténis sujos e rotos?!?

OCCO

No dia 24 de Julho realizou-se o último recital da temporada da OCCO.

"As Miniaturas", foi o tema escolhido pelo maestro Nikolay para este recital no claustro do Convento e Igreja da Cartuxa.

 

O Maestro explicou que as Miniaturas musicais podem comparar-se a pequenos objectos ligados a recordações. São pequenos apontamentos que nos dizem algo e em que "o seu valor simbólico é muito maior que o seu valor real".

 

As Miniaturas são geralmente peças curtas extraídas de outras maiores, mas que têm grande carga emocional. Estes são os grandes clássicos como por exemplo Sarassate.

A dada altura, verifica-se o contrário. Os grandes andamentos começam a ser formados por peças curtas, como por exemplo peças de Astor Piazzolla.

 

Com bons solistas, a OCCO brindou-nos novamente com a sua grande qualidade. "Cheirando-me" que Nikolai os iria colocar a interpretar algo complicado e vendo o nome de Piazzola no programa, nem hesitei e lá fui novamente ouvi-los. 

Link do video

Continuo a estranhar a fraca adesão do público - ainda se a OCCO fosse alguma "chafarica"...

Mas por outro lado até é bom.

Sinto-me alguém muito-muito rica que se dá ao luxo em ter uma orquestra de alto gabarito à sua disposição, para além de proprietária daqueles espaços nobres.

Olhem, sinto-me que nem uma Rainha. eheheh

PS - ai Cristiano-Cristiano, dá Deus nozes a quem não tem dentes.

Deixa lá os brinquinhos, pá!

A Conspiração dos Abandonados

António de Macedo apresenta-nos 6 breves contos compilados em "A Conspiração dos Abandonados - Contos Neogóticos".

Achei piada à referência do Bookcrossing e da utilização de um MackBook por uma das personagens (p.87)

Mas não foram estes dois detalhes que deram a graça ao livro.

 

Por gosto meramente pessoal, considero o livro maçudo.
As referências a nomes e a conceitos que a mim me são quase alheios, foram capazes de me tirar do sério algumas vezes.


Perdi o fio à meada com tantos "Templo do Dominador", "Negra Serpe da Devastação", com as citações em Latim, a deusa "Bau"/ Ninhursag"/ "Inanna" e com ideias capazes de baralhar a mente de quem já de si não está muito certo.
Uma estafa, portanto.

 

Mas existem duas espantosas ressalvas.

O conto "A Cadeira Abandonada" e "O Caixão Abandonado" são verdadeiramente interessantes, com um humor muito sóbrio e delicioso.
A "Cadeira porque nos mostra a avareza e o insólito, o "Caixão" por lembrar-me contos de Phoe.


Poderão nem tocar nos restantes contos, mas estes não deverão ficar incolumes. E já agora... a capa é muito "gira".

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