Censurado por Da Palma
-“Who chose the film ?! It was you!!?? I’m aware of all this!!! I don’t need to be stabbed at the cinema, I will NEVER came to the cinema with you”.
O quase grito veio da boca de uma rapariga de traços asiáticos para uma outra de feições morenas saarianas, ambas no mesmo grupo com variadíssimas idades e aparentemente nacionalidades e todos eles sabem que De Palma é um nome transversal, global e os terrores que nos habituou são de fábulas urbanas que nada tem em comum com Samarra, lugarejo recôndito no Iraque.
Censurado é o título português para o Redacted o pombo da discórdia da sessão de cinema que hoje assisti, não possuindo competências para desenvolver uma aturada análise cinematográfica, posso dizer que a linguagem de homevideo me fascina e é, aparentemente, com ela que viajamos, colocar a Sarabanda de Handel a acompanhar os movimentos de um pelotão no meio do pó e do calor, foi o golpe de mestre para a minha atenção se dedicar.
Também não obtive mais valia, para além da linguagem e meios que o realizador utilizou, mas foi incomodada que sai da sala, não apenas pela acção da película, mas por causa do tom horrorizado e irado da rapariga. Adoro cinema de puro entretenimento, mas não vou ser tão modernamente asséptica que esqueça o mundo real que acontece aqui e já ali a milhares de km’s.
Ser Global não é só termos acesso a Internet e a novas linguagens é também escrever, pintar, cantar, dança e filmar o Mundo como sempre se fez em toda a História.
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