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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

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conceitos sob o ponto de vista do observador

Tachibana Taiko Hibikiza

No dia passado dia 17, realizou-se na Gulbenkian (Lisboa) uma apresentação de Taiko.
Uma iniciativa conjunta da Embaixada Japonesa, da Associação Amizade Portugal-Japão, da Fundação Japonesa de Taiko e da Fundação Calouste Gulbenkien.

O grupo Tachibana Taiko Hibikiza, oriundo da província de Miyazaki (ilha de Kyushu), é um dos muitos pertencente à Fundação Japonesa de Taiko (Nippon Taiko Foundation) e dos principais conjuntos de taiko no Japão.

A Fundação Taiko, tem como mote recuperar a tradição musical japonesa nesta area. Os tambores é uma arte musical que tem verificado cada vez mais grande aceitação tanto pelas camadas mais jovens como pelos seniores: entre os seus 22 mil associados, o membro "oficial" mais jovem tem 5 anos e o sénior, recentemente galardoado com um prémio, tem já 93 anos.

Uma arte tradicionalmente masculina, tem curiosamente como directora uma mulher, Takahiro Kiuchi, presente nesta apresentação na Gulbenkian.




O som de percussão é já sobejamente conhecido, assim como o pulsar tradicional dos tambores.
Mas o ponto alto é sempre a entrada do grande Nagadô Taiko.
Primeiramente tocado por dois jovens, foi com a entrada o orientador do grupo, o sr. Kunimitsu Iwakiri que se sentiu a verdadeira força deste instrumento musical.

A cada compasso, como a batida forte de coração, a onda de choque percorria todo o auditório.
O chão tremia e a assistência, no seu silêncio solene e pesado, sem conseguirem despregar os olhos da figura de branco, antecipavam sem fôlego o próximo pulsar.

Enquanto o sr. Iwaki tocou, vi-me obrigada a tapar os ouvidos e a serrar os dentes: a vibração era tal e antecipando o que viria, larguei a máquina. Atitude acertada.
Somente esperava que o meu acento não se desconjuntasse, nem que as minhas entranhas se liquefizessem.

Mesmo sem a magnitude do grupo Kôdo, o grupo Tachibana Taiko Hibikiza com o seu entusiasmo, simpatia e qualidade conquistou o público.
As obras apresentadas pelos Tachibana são da autoria do grupo e composição de Iwakiri Kunimitsu.


Como curiosidade, actualmente o maior taiko tem 2,67 metros de diâmetro, construído em 1996.

(9/10)
>>Maria

The Persuaders

 
 

Lord Brett Sinclair, um lorde inglês e Danny Wilde, um milionário americano, procuram justiça envolvendo-se em espantosas aventuras.
 
Esta série de culto, da década de 70 do século passado, "tresanda" ao conceito dos iniciais episódios de "The Saint", ainda que, a meu ver, sei o seu grande glamour.


Os clichés são mais que muitos, as cenas de luta desenvolvem-se de forma... enfim, os diálogos obsoletos (o que há 10 anos faria sentido, em 1970 já cheiraria a mofo).
Sem dúvida que toda a série encontra-se suportada pela forte presença de Roger Moore, e pelas "simpáticas" aventuras.
 
Graças à reposição pela RTP Memória, pode ser vista de 2ª a 6ª pelas 21h10.

>>Maria.

Um Atlas de Acontecimentos

Esteve até 30 de Dezembro de 2007, na Calouste Gulbenkien (Lisboa), a exposição colectiva "Um Atlas de Acontecimentos" - "An Atlas of Events", a qual debruçou-se sobre o estado do Mundo.

Não sou particularmente apreciadora de Arte Contemporânea, muito provavelmente por nem sempre a mensagem contida na mesma passar, ou seja, não percebo o que observo.


No entanto, intervenções houve que, mais do que pela técnica empregue, destacaram-se pelo seu humor. Pessoalmente, Eduardo Sarabia foi disto um bom exemplo.

"Uma Linha Ténue Entre Amor e Ódio" de Eduardo Sarabia apresenta um conjunto de peças porcelanas, cuja ornamentação tradicional foi substituída por referências ao contrabando e outras actividades ilegais.





Paul Chan, por outro lado, recorreu a uma animação composta somente por silhuetas (muitas de carácter bélico) que, projectadas na parede e chão, pretenderam fazer alusão ao trauma da destruição.
 
 
 
 
Erinç Seymendebruçou-se sobre a problemática da política actual.





No piso inferior, vi-me confrontada por um conjunto de fotografias de Sze Tsung Leong: díspares horizontes urbanos e rurais prolongavam-se pela sala - transportava o espectador pelas diferentes realidades paisagísticas no mundo.


O piso inferior, aquele ... floresta?... realmente... e os rádios mortos ou colunas.... ao estilo década 60 do século passado... bem, nem vale a pena bater no ceguinho.
Mas o geral foi bastante positivo, tal como positivo foi poder observar algo de novo, num local que, por incrível que pareça, pode ser tão conservador como é a Gulbenkien.

(6/10)
>>Maria

Mace na Amadora, dia 19.01




Dia 19 de Janeiro, pelas 22h00, no âmbito das comemorações do 103º aniversário dos Bombeiros Voluntários da Amadora, os Mace estarão no Salão Nobre a animar a noite de Sábado.

Informação adicional:
- entrada gratuíta
- para ouvir algumas músicas: MACE


Prenda de Natal do Oriente





"Lisboa foi, desde o século XVI, o grande centro produtor e exportador do azulejo, inventando uma forma muito especial de viver com ele (...)"

Esta é uma forma muito clara de como pode ser caracterizada esta Arte Decorativa, tão característica da cultura portuguesa.

Mais do que a técnica apresentada em alguns artísticos painéis azulejares, com a sua irrepreensível forma de representação dos grandes mestres, sempre me fascinou a capacidade destes "ladrilhadores" (??) nacionais de adaptarem os painéis aos espaços com o "velho estilo português": o desenrasca.


Ao contrário da mestria dos Holandeses, que milimétricamente calculavam o espaço e pintavam cada painel, cada azulejo como se de uma miniatura se tratasse, os Portugueses primaram pela sua atenção à envolvente, não se privando de por vezes, fazer ajustes(leia-se: descarados cortes) aquando da colocação dos painéis.

É comum observar figuras atarracadas: graças a um equivoco na recolha das medidas, a sua altura inicial ultrapassou o espaço a ela destinada. Com os Holandeses (uma "potência" exportadora da época) isto seria impensável!

Os artistas portugueses, conseguiram até tirar partido da forma deficiente de cosedura que provocava a diferente coloração de cada fornada, de cada quadrado cerâmico.

Um bom exemplo são as cozinhas "brancas": a variação da paleta de cremes, pérolas, branco explorada ao máximo.


O livro "Caminho do Oriente" é um levantamento desta arte decorativa sobre algumas zonas históricas de Lisboa.
São mostrados e descritos os azulejos geométricos pombalinos nas fachadas dos edifícios, painéis e silhares no interior de igrejas, conventos ou palácios que ainda subsistem.

De leitura muito fácil e agradável visualização, este breve Guia apresenta sucintamente padrões utilizados, algumas Escolas e Fábricas, artistas e técnicas.

Acompanhado por uma bibliografia com alguns dos mais importantes nomes na área, permite aos interessados a orientação necessária a um estudo mais aprofundado.


Outra mais valia deste livro, é o permitir traçar um roteiro pessoal a quem quiser ver estas obras ao vivo.

Zonas de Lisboa focadas: Santa Apolónia, Cruz de Pedra, Xabregas a Marvila.



detalhes:
ARRUDA, Luísa, Guia do Azulejo - Caminho do Oriente, Livros Horizonte, 1998.

Informação adicional:
Como eu sei que eles (ele e ela) sabem que eles sabem que eu sei, este livro pode ser adquirido na Byblos Livrarias.



>>Maria
(7.5/10)

Museu do Teatro


 

Situado no palácio do Monteiro-Mor datado do século XVIII, o Museu do Teatro está aberto ao público desde 1985.

No seu acervo podem ser vistos trajes e adereços, maquetas, bilhetes e variados cartazes do inicio do século XX.

A par dos objectos artísticos e pessoais de alguns dos actores mais emblemáticos da cena teatral e da revista portuguesa, podem também ser observadas peças no foro das Artes Decorativas e Artes Plásticas tais como de Bordalo Pinheiro, José Malhoa, José Viana.... António Soares!




Informação adicional:
- aberto de Terça a Domingo
- entrada gratuíta aos Domingos até às 14h00
Museu do Teatro.
Estrada do Lumiar, 10
1600-495 Lisboa
Tel: 217567410/19
Fax: 217575714


Gohatto

Era uma vez, uma Menina que gostava muito de um filme, onde tinha a mão do Sr. Takeshi Kitano - o seu realizador "fetiche".
Por recusar-se a pagar uma exorbitância pedida na lojas on-line ou solicitar importação com custo estupidamente elevado, anos passaram-se sem a Menina conseguir adquirir o seu adorado filme.

Até que um dia, por artes mágicas, tropeçou numa promoção empoeirada ao estilo "2 em 1".
E assim, ela tornou a acreditar que a Cultura pode estar acessível a todos, sem estes serem considerados criminosos pelo lobby das Autoridades Estatais por procurarem alcançá-la.
 
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Gohatto / Tabu de 1999, visto pela primeira vez em 2003 na RTP 2 (no tempo em que a televisão ainda era minimamente interessante e dava a conhecer o mundo).

Um filme de Nagisa Oshima com Takeshi Kitano e música de Ryuchi Sakamoto.
É necessário sinopse?

humnm....
Um retrato dos elementos que compunham a sociedade medieval tardia nipónica, as suas hipocrisias, os seus enredos e conspirações, regada com humor "de ocasião"  q.b.


>> Maria
(10/10)


 

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