Imagens díspares
No bonito espaço da Casa da Cerca, Almada, estiveram até ao dia 25 deste mês duas exposições de caractarísticas díspares:
- Manuel Valente Alves – “Cadmo e Harmonia”
- José M. Rodrigues – “Estranheza de Uma Coisa Natural”
Sob o tema mitológico, “Cadmo e Harmonia”, Manuel V. Alves pretende alcançar a depuração que permita renovada organização mental.
Na capela da Casa da Cerca, foi visualmente interessante ver o contraste entre os trabalhos geométricos do artista, contrapondo com a riqueza dos silhares de azulejos azul e branco barrocos.
Na galeria, a instalação achei-a conceptualmente curiosa cujo suporte sonoro também estava presente: o observador percorre pranchas suspensas preenchidas por padrões conseguidos através de colagem de pequenos, minúsculos, papéis desenhados.
Na cisterna… não percebi o pretendido: qualquer que tenha sido a intenção, ficou abafado pela forte estrutura abobadada do espaço.
No piso superior, na sala de tecto de tábua corrida, onde Lisboa preenche todo o horizonte, estavam as fotografias a preto e branco de José M. Rodrigues. Alguns lugares comuns em termos de soluções fotográficas, mas ainda assim interessante: a imagem angular da Fac. Ciência de Santiago Compostela é fascinante.
(5/10)**
»Maria.
Fotografias sem flash.