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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

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Lagar de azeite - Quinta de Marquês de Pombal

O engenho, que deu origem a versões populares (um simples tronco de uma árvore com algum porte), é de traça erudita e complicada.
Este equipamento, como tantos outros similares (onde se englobam os moinhos), foi desmontado e vendido em peças com a entrada da era do carvão (séc. XIX) e o restante, votado ao abandono.

 

Em Abril de 2010, após cerca de 6 meses de conjecturas e de aprofundados estudos (os quais foram publicados), terminou a sua reconstrução - (o espaço em si, já funcionava há mais tempo como galeria expositiva e de eventos).

Um interessante exemplo em como tudo se aproveitava: o azeite virgem, o azeite para os "pobres", o azeite para as candeias e os restantes resíduos sólidos empastadas no óleo eram utilizados como combustível nos fornos. Trata-se de um complexo equipamento, que movimenta cargas de toneladas, e inserido num espaço cuidadosamente pensado. As próprias ferramentas de trabalho foram concebidas para uma total ergonomia, para um maior rendimento laboral.

 

Os detalhes dos encaixes para as madeiras não correrem ou o modo em como a gravidade é (foi) usada, é espantoso. Tudo pensado ao pormenor, tudo para ser o mais funcional possível.

 

A sua utilização é demostrado num vídeo. Aos interessados, deixo a parte central que mais directamente a ele diz respeito.

 

(link para o vídeo)

 

Trata-se de uma visita de grande carga teórica, cheia de detalhes não apenas sobre um engenho, mas também sobre os seus autores, os seus manuseadores e sobre a conjectura sócio-económica Portuguesa.

Merece uma visita.

 

 

 

"As propriedades que o Marquês de Pombal possuía em Oeiras englobavam oito olivais, cuja colheita era transformada no Lagar de Azeite. Em demasiada quantidade para ser exclusivamente destinado ao consumo próprio, seria provavelmente vendido em Lisboa ou até exportado. O lagar foi completamente abandonado e funcionou alguns anos como sala de arrumações. A sua recuperação que decorreu entre 1989/90 consistiu em compor elementos que se encontravam semi-destruídos. Na época foram recuperados alguns elementos arquitectónicos, assim como instrumentos destinados à produção de azeite."

CMO

 

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