"Por vezes existem estranhas incompatibilidades entre a Morte e o cliente."
@ Suicído Encomendado

"Suicídio Encomendado" conta a estória de Tinoco, um jovem de coração partido e de adolescência complicada e muito estranha, que pretende cometer suicido após ter sido contactado por uma empresa que vende esses serviços.

No entanto, o Destino teima em contrariá-lo criando situações caricatas: a da greve dos maquinistas é hilariante.

João Fino tem uma expressão corporal fabulosa e cria uma caricatura que lembra uma mistura do "nosso" Tino de Rãs com o inglês Mr. Been.

Os diálogos passam desde o cliché amoroso (propositado, claro) ao non-sense de comparações e relações quase do género "zen-de-algibeira".

As belas paisagens são Transmontanas e a fotografia podia, devia!, ter sido irrepreensivel.

A luz (será da película escolhida?) é péssima: aquela cor aliada ao granulado, parece filmado com uma das nossas câmaras caseiras.
 

Para quando é que os nossos técnicos (artistas, realizadores, directores, o que lhes quiserem chamar) desistem daquela filmagem à pobrezinho-sou-um-filme-independente?

Já irrita, não?

Contudo existem enquadramentos realmente muito bons: tanto de interiores como de exteriores, tornando o filme visualmente apelativo.
 

(7/10)****