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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

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conceitos sob o ponto de vista do observador

E aí? Tudo bem? Quer um chinês?

Dizia assim, na passada semana, Maria Do Céu Guerra (Teatro da Barraca):

"Vi agora na Televisão que o Paulo Futre acaba de dobrar um filme para crianças .É extraordinário.Num país onde os actores profissionais precisam de contratos e de trabalho,qualquer pessoa que se notabilize em qualquer área pode substitui-los num trabalho que eles sabem fazer,estudaram e treinaram-se para isso e é a sua área profissional. A Lili Caneças já fez Tenessee Williams. Não sei quantas actrizes nesses meses estavam desempregadas. Ou a fazer papelinhos na Tv para sobreviverem .
Os ex-politicos ocupam cargos da área da Cultura, nas Fundações,etc,etc. Será que não há pessoas de Cultura para esses cargos? Por que é que um Reitor quando se reforma vai para casa e um banqueiro vai para administrador da Gulbenkian ?
Os criadores,os actores são uma espécie de ursos que vão para o circo presos por uma corda e quem ganha o dinheiro é o dono do circo , o dono do urso e o dono da corda. E se algum deles souber dar cambalhotas manda-o abater. Não será altura de dizermos que assim não vale. Eu estou farta. Não quero que nos dêem emprego,quero que não nos tirem os nossos."
Via (Face) Eugénia Bettencourt, In Câmara Clara/RTP2 (27/12/12).


"Já Cláudia Cadima, colega de profissão e responsável pela escolha de Paulo Futre compreende as declarações de Maria do Céu Guerra, mas refere que «se Futre não fizesse bem o trabalho seria a primeira a dizer que ele não servia», refutando ainda que esta escolha «não foi um crime»."
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Crime? Não. Diria antes que está de acordo com a consciência de que a qualidade é um valor obsoleto. O que interessa é ter uma arma de marketing e publicidade com mero fim económico.
Alcançar a excelência?
Naaaah. Faz-se um "bom trabalho".
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Link do vídeo.
Nunca isto, fez tanto sentido, como hoje.

Leis austeras para o povo

"Se han saltado cualquier código ético comercial,

seguido un juego muy sucio".

Bordes.

 

Resultado de uma compra em 2011 por parte da Société des Amis du Louvre, surgem em exposição quatro lâminas em cobre pertencentes ao conjunto Los Disparates ("les aberrations"). Los Disparates são um conjunto de 22 placas que começam a ser criadas por Goya em 1815, para a publicação de "La Tauromachie". No entanto permaneceu inacabada.

Em 1862, a Calcografia Nacional Espanhola adquire 18 das 22 placas. As 4 restantes, publicadas pela primeira vez em 1877 pela revista "L'Art" foram doadas em 1855 pelos herdeiros de Goya ao pintor Eugenio Lucas Velázquez, permanecendo nessa família até à aquisição recente pelo museu do Louvre.
Informação adicional sobre as placas: Les Amis du Louvre offrent au musée des plaques de cuivre de Goya

 

"Disparate de bestia - Austres lois pour le peuple" (leis austeras para o povo).
"Eau-forte et aquatinte sur cuivre, quelques reprises à la pointe sèche, lettre au burin".


O debate sobre a identidade de uma nação através do seu património continua aceso, não sendo de estranhar a polémica em torno da compra destas 4 peças e do seu não regresso a Espanha - estas encontram-se em França desde 1870.
Para ler: "Los Disparates" de Goya que no han de volver." e "Los disparates del Louvre".

Eugenio Lucas Y Velazquez (atribuído a) - "C'est cela que s'appelle lire".
Anteriormente intitulada "La Toiette" foi identificada como sendo uma composição da placa n.º 29 dos "Caprichos" de Goya

Frente e verso.

Accordion in Finnish means asshole

No âmbito do "Films on Art, 2012", é-nos apresentado Kimmo Koskela com o seu SOUNDBREAKER. Músico finlandês, tem o acordeão como seu instrumento desde muito cedo. Neste filme, apresenta-nos a sua evolução (do ódio à paixão), do clássico ao experimental, do erudito à pura diversão. Ele rompe o standard uso do acordeão, explorandoas suas capacidades, mesmo que signifique a sua distorção ou a sua destruição.

O seu processo de recolha de material (sonoro) tanto pode ser feito numa aldeia em África (tradição musical local) como numa quinta na Grã-Bretanha (sons / ruídos de animais, de instrumentos de trabalho, veículos usados na agricultura - Earth Machine: os ruídos de fundo são: motosserra, debulhadora, tractor). Procura o envolvimento da comunidade local.

Foi convidado para compor uma obra para o Kronos Quartet - um projecto mais "melodioso".

À semelhança de Jón Þór Birgisson (Sigur Rós), os sons de Kimmo Koskela remetem-nos para as Terras do Gelo.

Info adicional:

- Kimmo Kostela

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