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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

“Façam barulho!”

 

… E o São Jorge veio a baixo.

Alex D’Alva Teixeira, músico e designer, depois de andar (tentar) abrir clareiras gritou em palco a plenos pulmões: “punk-rock!”.

 

Desde 2006 que se vem construindo afincadamente nos bastidores.”

Colabora e toca com Tiago Guillul e desde 2009 trabalha com Ben Monteiro.

Em conversa, fica-se a saber que está prevista para este ano a edição do seu primeiro álbum.

 

Pois que venha! Alex D’Alva Teixeira: um nome a reter.

 

Informação adicional:

- Myspace.

- Blogspot.

 

Link para o vídeo.

 

"I ❤ television"

Nuno Sanches, “O futuro da televisão” – TEDx Cascais, 2012

 

3:29 – é média de consumo de televisão despendida por pessoa.

Assiste-se a uma alteração de paradigmas no respeitante à televisão:
- hoje, socialmente dar a conhecer o gosto pelo consumo de televisão tende a ser um tabu;
- a consciência da presença de uma relação emocional interna;

- a percepção de que “ter televisão” deixou de significar a aquisição de um equipamento físico, mas a compra de um serviço;

 

- o broadcast, conceito que existente desde a invenção da televisão, dá lugar à unicast, ou seja, a uma televisão/a um canal personalizado;
- a percepção da perca de poder da publicidade perante um espectador que se recusa a usar o seu tempo para a consumir;

 

- a abordagem anónima (anonymous) baseada no conceito de criação de canais com o intuito de alcançar o máximo de públicos, dá lugar a uma televisão que nos reconhece (authenticated) – ou seja, não tanto os dispositivos que reconhecem fisicamente o utilizador, mas o conhecimento dos seus gostos, tendências, consumos;

- o conceito de plataforma fechada (closed), onde o telespectador não detém poder opinativo nem opcional é substituído por uma plataforma aberta (open). Esta nova plataforma parte maioritariamente do princípio de que cada um constrói o seu próprio conteúdo (ex.: os vídeo-logs), bastando para tal “um Mac e uma câmara”. Isto permite a diminuição de custos das empresa, nomeadamente os de distribuição.

A tendência futura:
- será a fusão da internet com a televisão e pela massificação destes conteúdos e não pelo suporte como são (serão) difundidos: tablet, telefone, etc.
- a consciencialização de uma evolução: equipamento ---->  serviço ---- > plataforma ---> público (investimento em).

Anotações retidas da comunicação de Nuno Sanches, “O futuro da televisão” – TEDx Cascais, 2012

 

* * *

 

E um "I ❤ TV" aplicado à Cultura?

 

Se o futuro é a “era do utilizador”, é a produção de conteúdos pelo grande público, questiono a qualidade dos mesmos e se serão esses conteúdos que pretenderemos ver.

No entanto, ao fazer a ponte com o focado por Júlio Garcia, no debate em torno da PL118, a mais-valia para esta “era” passará pela eliminação (ou diminuição) de intermediários, fomentando um discurso directo com os autores (com a produção):

“A questão dos direitos de autor na era digital não é um problema das indústrias. É um problema dos autores. As indústrias estão em transformação e caminham para a extinção, mas os autores não. Nós consumidores temos é que proteger os autores. Temos que lhes comprar diretamente a produção. (…)”

“A estratégia para os autores é simples. Manter custos baixos e fazer chegar a sua produção a esse enorme mundo que é a internet. Já não necessitam de estar confinados a um país, podem vender para o mundo todo, ao mesmo tempo. A internet proporciona a ubiquidade necessária. Porquê vender apenas para um mercado específico se podem vender para todo o mundo ao mesmo tempo? (…)”

in Júlio Garcia, As gravadoras, os direitos de autor e os SOPA de vida.


A fusão da internet com a televisão, poderá permitir isto.

E as possibilidades em torno da Cultura são inúmeras. Tendo presente que a cadeia elitista pretende manter a sua posição na restrição continuada de acesso a obras, esta “nova era” poderá “obrigar” que a restrição se dê quase exclusivamente perante o conteúdo apresentado e não a factores externos tais como o preço, local, distribuidores.

 

Falo aqui da reprodução televisiva de óperas ou dança contemporânea, de teatro experimental (e mesmo o do clássico), de curtas-metragens, de qualquer obra de autor, de experimentações que não são fomentadas ou dadas a conhecer dado o número reduzido de público.

Este estreitamento com o público, o qual não implica a massificação identificada com a televisão, depreende um consumo como produção.
Mas para tal, há que negociar os processos de apropriação e ultrapassar os problemas de aquisição.

Diário Gráfico como um objecto comunicativo

Ciclo de conferências A Viagem e o Diário Gráfico, Museu do Carmo.

14 Fevereiro – Tiago Cruz – “Do registo privado à esfera pública. O Diário Gráfico enquanto meio de expressão e comunicação visual”.

* * *

 

“(…) um contínuo processo de relação com o Outro

(Paulino, 2001)

 

Com uma plateia onde eram vistos alguns elementos do grupo da Urban Sketchers Portugal, Tiago Cruz falou-nos do seu objecto de investigação: o diário gráfico nas suas variadas valências.
Procurando a teorização sobre os DG, como a recolha de informação sobre os cadernos de arqueológos e antropólogos, trabalha também este objecto na área da comunicação.

Algumas anotações:
- tem uma função de memória: registo misto (p.ex. a colocação de bilhetes de cinema – a prova de que algo aconteceu);
- uma maior aproximação entre observador e observado;
- permite a colocação de reflexões ou de esboços adquirindo um carácter exploratório;
- como ferramenta, é um produto comunicativo visual;

  • a sua função, conteúdo e forma, apresentam-se como género simbiótico ;
  • é processo semiótico que se traduz na documentação, memória, viagem, companhia, representação, interpretação, exploração, reflexão, espaço criativo, comunicação. “Um discurso semiótico (que) é uma versão da prática social”.

 

Algumas problemáticas:
- o privado transposto para o público;
- os diferentes usos e funções, implícita diferentes significados e símbolos (valores);
- associados à representação visual, questiona-se a objectividade e a sua veracidade;

  • quando observamos digitalizações onde constam as margens, é uma construção do valor para estes objectos; quando são visíveis os registos nos versões das páginas (as imagens fantasma) pode ser considerada uma busca de verdade.

 

Identificam-se três grandes grupos:

1) produtos compilativos: ex. Eduardo Salavisa ou Manuel João Ramos.
2) reprodução na íntegra em transporte para a esfera pública (ex. Frida Kahlo);
3) transporte para a esfera pública, mas pela mão do autor.

 

 

Palavras-chave:

- descobrir, experiências, exteriorização, auto-descoberta e experimentação (uma função conselheira), memória, metáfora de diário pessoal.

 

Tiago Cruz, coloca os DG segundo um eixo de tensão:

A -------------------------- B ---------------------------- >C

A) exploração: estudos para serigrafias, p.ex. Tiago Cruz -> esfera privada, descrição, prova, testemunho, confirmação.

B) eixo de tensão: ferramenta de apoio para ferramenta de investigação: ex. Manuel João Ramos

C) exposição: ex. Henrique Flores > esfera pública, demonstração, rememoração, apresentação, recordação.

 

A autenticidade do apresentado, como acima mencionado, é uma problemática sempre presente na abordagem do DG enquanto objecto de documentação. Conceitos de verdade, objectividade e valor de verdade são preocupações que surgem quando o importante não é tanto o que se vê, mas o valor que transportamos para essa imagem.

- “Desenhei ínfima parte do que vi e apontei de uma forma despreocupada muito do que contaram.”

(Henrique Flores, “Cuba”, 2009)

É por se tratar de uma interpretação, que emerge a necessidade de confirmar a veracidade do apresentado, um discurso comum a toda a comunicação de Tiago Cruz.

Um dos caso estudo abordados foi o “EN2” de João Catarino: “um livro clássico, para uma viagem clássica”.

Faz um constante jogo entre a tradição (numa conotação positiva) e a modernidade (numa conotação negativa). Até no aspecto físico do objecto o aspecto tradicional é reforçado: um objecto feito por encomenda, de cor negra, e de cantos reforçados com  lona vermelha.

Informações adicionais:
 - local e datas: Convento do Carmo.
- entrada gratuita
- possibilidade de visita ao espólio do Museu.
- Urban Sketchers.

Just for fun

"It's an ultrasonic magnetic disorder!"

Desordem magnética ultra-sónica... humn...

Este seria um óptimo tópico tresloucado para o Astro.pt

 

Assim como assim, já que nada faz sentido, pois que seja ultra-sónico.

E eis que o estado zen (comatoso) está quase alcançado.

Arquitectu​ra contemporânea religiosa portuguesa no ArchDaily

ArchDaily, considerado um dos maiores sites sobre arquitectura, seleccionou três igrejas portuguesas para a categoria de espaços religiosos para o concurso ArchDaily 2011:

- Igreja da paróquia do Estoril, concelho de Cascais;

- A capela de Santa Ana na paróquia de São Pedro de Canedo, Santa Maria da Feira;

- A capela Árvore da Vida, no Seminário Conciliar de Braga.

 

Destaco a Capela de Santa Ana, Sousanil, Santa Maria da Feira (2009). Um projecto desenvolvido por Nuno Pinheiro e António Teixeira a convite do padre Emanuel Bernardo, pároco da freguesia de Canedo e que pode ser conhecido em SNPC.

"Foi o padre Emanuel Bernardo, pároco da freguesia de Canedo, que nos convidou porque um benfeitor emigrado no Brasil queria homenagear a santa. Decidiram apostar em jovens como nós, e deram-nos liberdade para criar à vontade, mas sempre orientados para algo diferente, num processo semelhante à igreja de Marco de Canaveses, embora numa escala bem menor. A obra ficou concluída em 2009 e foi toda realizada por pessoas da paróquia que contribuíram com o trabalho. A nós coube-nos projectar tudo, desde a estrutura ao puxador”

in A Voz da Póvoa (entrevista).

 

 

 

 

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