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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

três horas e vinte sem complicações.

 

Lá chegaremos aos finais de Janeiro e Fevereiro, altura em que a histeria colectiva explodirá de vez quando confrontada com uma realidade ainda pior.

Como "alguém" dizia: Que 2012 seja uma desculpa para irmos mais longe e ousarmos arriscar na Vida.

Ou ainda: Que a austeridade seja uma escolha.

Caaaalma, lá chegaremos. ♪

 

Neste punhado de horas, só me apetece abraçar o que me rodeia, empanturrar-me e por fim, amachucar umas quantas panelas e tampas.

 

Depois, é levantar o nariz e arregassar as mangas!

2012 vem em pesadas passadas e extremamente rabugento!

Que venha ele! Vá! Coragem!

.

É a vontade de Deus

"- Uma ova! - disse ele - Qualquer pessoa que acredite que o Pai Natal existe, acredita que uma mula é o mesmo que um cavalo. - Esta discussão teve lugar na praça do tribunal. Eu disse: - O Pai Natal existe porque o que ele faz é vontade de Deus e tudo o que é vontade de Deus é verdade."

in CAPOTE, Truman, "Um Natal", Lisboa, Difel, 1983, p. 16

 

“Boa” e “pacote”

“(...) a publicidade empresarial estimula os indivíduos a atirarem-se para a prensa do consumo de mercadorias. Os trabalhadores são transformados em consumidores, que produzem para consumir. As mulheres, que são os alvos principais da publicidade, são estimuladas a acreditar que fazer compras é o seu trabalho e o seu modo de vida.” in KEANE, John, “A Democracia e os Media”, Lisboa, Temas & debates, 2002, p. 90.

 

“Às vezes, os publicitários contam histórias repletas de princípios sexistas, homofóbicos, nacionalistas, racistas ou outros; (...)”
“Mesmo assim, os anúncios falham o alvo ou “excedem-se”. Em geral os anúncios não comunicam porque o público a que actualmente se dirigem é muito diferente do público-alvo.” Idem, p. 91

  

 

Depois dos sucessivos aberrantes anúncios do serviço Internet Sapo onde o seu “pacote” era enaltecido, eis que chega a Zon com a sua brejeira mensagem1 de “boa”.


Esta brejeirice que se confunde com o ordinário (tal é o seu limiar difuso) e que tomou de assalto as mentes publicitárias2, a meu ver, incorre o risco de colar um estigma nestas empresas que não se coaduna com a sua orientação para a inovação, modernidade, cosmopolitismo e qualidade - ou isso, ou a percepção que tenho destas duas entidades está completamente errada.

 

Se a Worten recorre à imagem da clientela residente nas periferias das capitais (cariz suburbano) que vai de fato-de-treino encher os hipers e cc’s aos fins-de-semana (o boneco “eu é que não sou parvo”, também ele se apresenta com este uniforme de fim-de-semana), parece-me que a Sapo e a Zon pode perigosamente começar a estar identificada com este fenómeno.

1o público alvo será (uma vez mais) o masculino, pouco tecnológico.

2seguindo a lógica, poderia agora fazer um juízo sexista e especulador quanto às suas características e "capacidades", mas resvalaria para a conversa de café.

Apontamento: Hermenêutica de Gadamer - dotação de sentido

"Na hermenêutica de Gadamer trata-se fundamentalmente de compreender o que nos acontece, como sujeitos do mundo."

in Maria Teresa Cruz, “Arte e Experiência Estética”, AAVV, “Percepção Estética e Públicos da Cultura”, Lisboa, ACARTE - Fundação Calouste Gulbenkian, 1992, p. 56.

 

Há quem diga que as conversas são como os tremoços. Mas não somente as conversas...

Hermenêutica? Porque carga de água este Gadamer é chamado agora ao barulho? Argh!

 

"O preconceito é, pois, um factor positivo e não negativo. Esta reabilitação do preconceito e do carácter "preconceituoso" da compreensão (o círculo hermenêutico de Heidegger) levou Gadamer a criticar o Iluminismo, que, ao sonhar com um conhecimento totalmente desinteressado, conduziu ao moderno "preconceito contra o preconceito" e, portanto, à desvalorização do preconceito, da tradição e da autoridade vistos conjuntamente como o oposto da Razão. (...)"

 

"Para Gadamer, os preconceitos criativos, que se opõem aos preconceitos efémeros e deformadores, são os que surgem da tradição e que nos colocam em contacto com a tradição. A autoridade da própria tradição, ligada à nossa auto-reflexão permanente, determina quais dos nossos preconceitos são legítimos, e quais dos nossos preconceitos não são legítimos. Por conseguinte, os preconceitos não constituem obstáculos à verdadeira compreensão do mundo, mas possibilitam o seu conhecimento, retirando do texto ou do fragmento de realidade tudo aquilo que tem apenas uma significação passageira e efémera. (...)"

In CyberCultura

Que linda estou, a patinar...

 

 

"A Hermenêutica, que na sua fase pré-filosófica servia não interesses puramente cognitivos mas prático-normativos, era uma forma de compreensão suscitada por motivos concretos de autocompreensão, orientação e relacionação no mundo reconcilia-se a partir de agora com a lógica e metodologia da ciência anónima e universal."

in Maria Luísa Portocarrero F. Silva, "Retórica e apropriação na Hermenêutica de Gadamer", "Revista Filosófica de Coimbra", n.º 5 - vol. 3, 1994, p.98

 

"E toda esta evolução da Hermenêutica pautada pelo critério da repetibilidade do moderno conceito de experiência, tem importantes consequências: (...)", submetem-se à "(...) estrita disciplina do ideal metódico da época moderna (...)", em detrimento do romantismo e historicismo. Idem, p.101

 

(A experiência) - "cultivada não por desejo de saber ou ânsia de poder, mas no "modo humano de ser, com outros, a acção prática, regulada pela facticidade das convenções, valores e costumes comuns (ethos) compreendidos e compartilhados por todos - como o horizonte que permite a cada um escolher e decidir não arbitrariamente mas a partir do que realmente o vincula ao outro.Idem, p.101

Ah, *suspiro*, já percebi, já percebi.

Novamente no carreiro...

 

Tremo ao imaginar os futuros e-books, pejados de links como complemento(?): afogamento em informação, terá todo um novo sentido.

 

Informação adicional:

- Esbozos sobre la hermenéutica de Gadamer

 

 

Fruir, v. tr. e intr.: Gozar; desfrutar. (Lat. *fruere, por frui)

Serigrafia @ Barça.

 

Parece-me, no entanto, que a maior parte das análises do gosto e do juízo estético, mais ou menos formais, e filosóficas, ou mais ou menos sociológicas, se convertem facilmente em análises do problema do valor, o qual exprime sempre, no fundo, o investimento na percepção de axiologias ou formas de valoração previamente existentes numa cultura.”

in Maria Teresa Cruz, “Arte e Experiência Estética”, AAVV, “Percepção Estética e Públicos da Cultura”, Lisboa, ACARTE - Fundação Calouste Gulbenkian, 1992, p. 53.

 

Viva! Viva!

Finalmente terreno mais firme depois de uma jornada em pantanosos terrenos e pior do que isso... em círculos e sem indicação do que pretendia/ procurava.

 

Sabia (alguma esperança...) que todos aqueles discursos sobre o enaltecimento da arte e glorificação da sua “elitérrima” estética tinham um propósito para neles ter tropeçado.

 

"Por que caminho queres passar, pelo das Pedrinhas ou pelo dos Alfinetes?"

"Note-se ainda que a iniciativa do convite para a cama parte da heroína, o que confirma vários outros textos na sugestão de que ela não é totalmente inocente."

in SILVA, Francisco Vaz da, "Capuchinho Vermelho, Ontem e Hoje", s.l., Círculo de Leitores, 2011, p. 107


Mais do que uma colectânea de versões sobre o conto d'O Capuchinho Vermelho (O Capucho Vermeho/ O Conto da Avó/ A Menina e o Lobo/ A Ogra/ Tio Lobo, entre outros), Francisco Vaz da Silva, oferece-nos as pistas há muito recolhidas, sobre o surgimento e consequente evolução, desde o longínquo século XVI ao XX. Algumas pontes entre os países europeus (Sul, Centro e Leste) e duas referências ao oriente (Tia-Avó Tigre/ Florbela e o Urso).

Os contos são passados entre a população como uma lição de vida dos mais velhos transmitida às meninas pastoras (dos 7 aos 12 anos) que calcorreavam os montes de outrora. Esta lição, de essência tenebrosa, em algumas tradições eram de essência pejada de detalhes que nos nossos dias seriam considerados escandalosamente macabros para a faixa etária a que se destinavam.

O enfoque do tema em Portugal é muito engraçado, demonstrando os brandos costumes a nós atribuídos (vide caso em "Dicionário Infernal", Collin de PLANCY).

 


Esta antologia de F.Silva, reúne também a "Companhia dos Lobos" de Angela Carter, dois contos de Roald Dahl(!!) e um hilariante conto satírico de James Finn Garner (vide "Contos de Fadas Politicamente Correctos" para as variantes mais estrambólicas).

"Capuchinho Vermelho disse: "Acho a sua observação sexista extremamente ofensiva, mas vou ignorá-la devido ao seu tradicional estatuto de excluído da sociedade, a pressão do qual o levou a desenvolver a sua própria - inteiramente válida - mundividência. Agora, se me der licença, tenho de continuar o meu caminho." idem, p. 142.

De notar a bibliografia que o autor refere no fim de cada capítulo, para os que se interessam por esta temática: a tradição oral e o folclore.

Allien abduction lamp

  • Tem um humor peculiar o qual (acredita você) acrescenta-lhe um certo charme, encorajando-o(a) a pensar dizer na próxima oportunidade: "Vou raptar-te na minha Nave Espacial"?
  • Ou simplesmente, tem ali um espacinho vazio merecedor de ser preenchido, fazendo as delicias dos mais novos que gostam dos Astros e das "novelas" em torno destes?

 

Pois então, observe este deliciosamente hilariante, fascinante e estapafúrdio candeeiro.

 

 

Um miminho!, e que pode ser adquirido aqui.

(visto primeiro em Astro.pt).

 

 

 

 

Inspira-me: Uma sugestão de ideia/prenda para o nosso blog de Natal.

 

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