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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

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conceitos sob o ponto de vista do observador

"Quero um bilhete para os Feitiço da Lua"

Extremamente dopada de modo a combater uma constipação, dirigi-me em modo automático até ao S. Jorge.

O meu torpor passou logo com os primeiros acordes, acordando o meu cérebro que teimava em não arrancar.

 

"É estranho estar num concerto dos Moonspell perante uma plateia sentada".

Fernando Ribeiro, Moonspell

 

A ideia deste projecto tem como premissa recuperar temas que, pela evolução de carreira, foram colocados um pouco de parte. A par disto, parece-me óbvio que querem alcançar um público mais alargado que de outro modo jamais iria a um concerto deles.

De qualquer modo, desengane-se que o concerto de carácter intimista, é todo melódico.

 

Alma Mater é um dos temas que faz parte do reportório e rapidamente vemo-nos rodeados por um bosque negro composto por uma audiência que se ergue e grita, atiçados por Fernando Ribeiro.

Admito que por momentos pensei que iam tentar abrir uma clareira no S. Jorge, enquanto je olhava o modo de alcançar as saídas de emergência.

Eu bem estranhei a sua calmaria aquele tempo todo...

 

Os arranjos são bons e apresentam apontamentos musicais deliciosos.

Eles vão andar pelo País. Tentem não perder.

 

 

Agora... Luna devia ser riscado do mapa.

Odeio aquele tema.


Relatório de actividade: Treblinka

"O corredor (Schlauch), alcunhado de "Himmelfahrstrasse", caminho do céu, pelos nazis, é uma passagem em ângulo recto que dá para as câmaras de gás. Este traçado tinha por objectivo ocultar a vista das instalações de morte durante o mais tempo possível, para evitar revoltas".

em nota de rodapé,

in RAJCHMAN, Chil, "Sou o Último Judeu, Treblink (1942-1943)", Lisboa,Teorema, 2009, p.30

 

Um livro que no fundo não passa de um relatório sobre o modo como os assassinos* tentavam a todo o custo esconder o resultado da mortandade no campo de Treblinka.

 

Este "relatório" não puxa à lágrima nem à tristeza perante a perca de entes queridos, ou do sofrimento dos detidos.

Apenas desperta horror e repugnância.

 

Um livro difícil de digerir.

 

 

 

*assassinos = é o termo utilizado para identificar os nazis.

Outro feedback aqui, o responsável pela minha leitura.

Fui Tom Hanks, numa ilha urbana

"Agora que temos dois novos submarinos que nos custaram milhões de euros em saco roto,

há que aproveitar, e pô-los rapidamente em missões de salvamento pelas ruas de Lisboa e nas estações de metro que ficaram alagadas, lol"

comentário em "Mau tempo em Lisboa".

 

 

Andar em Lisboa em dia de chuva é uma aventura.

Esqueça o freestyle nas águas do Douro. Se quer adrenalina, desça até à Baixa da capital.


Aos interessados, deixo algumas dicas de como navegar na capital, em dia de semidilúvio, mesmo que não tenha trazido de casa o seu chapéu-de-chuva predilecto.

1.      Comprar de imediato um chapéu-de-chuva numa loja indiana vão de escada. Ser simpática e regatear o preço: poupei um euro. Conferir à porta, se o mencionado objecto funciona.


2.      Evitar andar no passeio da direita (sentido dos carros) – por ser o mais utilizado pelos veículos pesados, o piso encontra-se mais degradado.  Depois, existe sempre um engrumo que gosta de fazer rali sobre as poças, encharcando tudo e de todos em redor.


3.      Evitar andar nos passeios que tenham paragens de autocarros – o tráfego fica de tal modo entupido, que o melhor é mudar passeio, mesmo que o obrigue a saltitar de um lado para o outro.

 

4.      Não fazer fé nos passadiços de obras que se lhe apresentem, pois facilmente encontram-se partidos e são uma ratoeira mortal.


5.      É impreterivelmente requerido que olhe para o chão enquanto caminha – as crateras que anteriormente fariam qualquer um torcer um pé, encontram-se a transbordar de água, criando a ilusão de que são menos fundas do que na realidade.

 

6.      Manter o chapéu-de-chuva ao nível dos olhos, para que sejam os outros a levantar o seu: isto evitará que nos vazem um olho ou nos espetem a bochecha. Não se preocupe se do outro lado também reagirem do mesmo modo e chocar: segure a sua posição como se a sua vida dependesse disso – é sempre preferível uma troca de galhardetes do que terminar num hospital, estropiado.

 

7.      Memorize locais altos: Rua dos Fanqueiros ou Rua dos Sapateiros, são boas opções em caso de pânico.

 

8.      Corra. Corra assim que sentir uma carga de água. Tente alcançar um dos pontos acima mencionados. Em alternativa, a escadaria da Igreja de São Nicolau ou locais similares.

 

9.      Lembre-se: uma fotografia para ter os seus 5 segundos de fama quer na net quer na tv, não valem os seus sapatos ensopados, um abalroamento meu e jamais a sua vida. Resguarde-se.

 

 


Kenny e o Dragão

"(...) há sempre uma hierarquia social.

Descobre-se o líder, assustamo-lo de modo a conduzi-lo na direcção que queremos e o resto do rebanho segui-lo-á."

DITERLIZZI, Tony, "Kenny e o Dragão", Lisboa, Editorial Presença, 2010, p. 126

 

"- Hierarquia social (...) sempre que o verdadeiro líder é revelado, há uma hierarquia nova."

Idem, p. 156

 

 

Sob o mote "não julgues pela aparência", "Kenny e o Dragão" conta a história de um amigo que luta pela amizade e a vida de dois dos seus amigos.
Transbordando simpatia, é ornamentado pelas belos e expressivos carvões de Tony Diterlizzi.

 

 

 

 

Lido por aí: sex shop

 

 

"- Mas eu nunca vi, certamente não estarei lá o tempo todo, era só para ver como funcionava.
- Eu não tenho nada contra as fufas, mas se o meu patrão sabe eu vou pó olho da rua.
- Fufas?
- Ó menina, não me leve a mal, que eu até gosto de vos ver nos filmes - diz, rindo e mostrando uma dentadura em decomposição.
Ouvi e ignorei. Não valir a pena explicar-lhe que a curiosidade não é um estado civil nem sexual. Tínhamos códigos diferentes e esforcei-me (muito) por ignorar o senhor. (...)"

 

"Restou-me sair dali, mais desconsolada do que entrei, e fui até casa a pensar no insólito da situação. E achar que esta sex shop é, de alguma forma, o espelho da ideia de sexo ainda vigente na cabeça de muita gente. Viver a sexualidade, pensar e falar dela são território exclusivamente masculino. E ai da mulher que ouse salpicar estes domínios com toques de requinte."

 

in Coisas de Gaja

 

Pois...

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