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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

Tipos de quem afinal até gosto um bocadinho

Link do vídeo.

Ora aqui está alguém (os irmãozinhos Yoshida) que prova que os instrumentos tradicionais não servem somente para tocar música... tradicional.

 

Para quando um cavaquinho ou uma bela concertina portuguesa com este espírito?
Ou até mesmo um adufe de Monsanto! AH-AHA! Seria genial!

 

Enfim, tanta e tanta potencialidade sem ser aproveitada.
Lá dizia o outro: O problema é mesmo das pessoas e não do país....

Por uma boa foto palaciana

  

 

No âmbito das comemorações do Dia Mundial dos Museus, inúmeros locais estiveram abertos ao público à Segunda-feira, alguns até horas tardias e excepcionalmente a captação de imagens era permitida sem qualquer restrição (obviamente, desde que sem flash).

Um destes locais, foi o Palácio de Queluz.

 


A par de uma visita encenada sobre o quotidiano da época os regentes - onde inúmeras curiosidades foram apresentadas, foi-nos permitido fazer inúmeras experiências fotográficas: desde a ambientes aos belos detalhes de peças/ pinturas, etc.


Mas verdade-verdade, é que um espaço daqueles dificilmente fica mal numa fotografia...

Aquela sala do trono... é impossível ficar-lhe indiferente (1774 - autoria do arquitecto Jean Baptiste Robillon e do entalhador Silvestre de Faria Lobo - *mega suspiro).

 

 

Quanto aos exteriores, apesar de muito ainda estar por fazer, é-nos já permitido deliciar-mo-nos com um recuperado canal dos azulejos e descansar sobre uma ponte aí colocada para o efeito.

As fontes estão limpas e o jardim à frente do palácio está a ganhar todo o seu brilho.

Mas como mencionado, somente com uma equipa de 4 jardineiros, dificilmente todo o espaço estará a 100% no final de Junho (altura prevista para a reabertura oficial): se nos embrenhar-mos um pouco nos carreiritos verificamos que o labirinto não foi limpo, o roseiral encontra-se por desbastar assim como as gigantes árvores por podar, os terrenos junto ao picadeiro ainda parecem uma selva, etc.

 

De qualquer forma, existem já muitos recantos que convidam ao descanso.

E um farnel é recomendado para um dia bem passado.

Que fofo, fiz uma rima...

"Biblioteca Popular"

Desfolhando a revista Ilustração Portuguesa de 24/Nov/1919 à qual tive acesso, a minha atenção prendeu-se num curioso artigo de título "Como o povo aprende a amar a sua terra e os seus escritores".
Artigo este ilustrado com fotografias, algumas manipuladas, que logo rasgaram um largo sorriso no meu rosto.

 

O artigo conta que o Município de Madrid da nossa vizinha Espanha inaugurara no Parque del retiro uma biblioteca pública. A partir daí, tece vastos elogios a esse país, que até nas gares teria disponível livros para venda:
"(...) ao mesmo tempo que se faz negocio, se contribue para elevar o nivel mental da população.", p.405

 

 

Vem depois a critica mordaz à realidade portuguesa.
"Ora este caso das bibliotecas populares é um caso interessante que nós podemos imitar. Se nós imitamos tanto do que é de mau porque não imitar o que é bom?", p.405.
 

E continua oferecendo varíadissimas sugestões para a identificação dos livros, carimbos, multas para a gatunagem, locais de implementação deste equipamento e o seu aspecto e claro, os géneros literários a apresentar:

"Apenas livros portugueses, livros de bons autores (...)", "o Camilo, o Julio Diniz, Eça, Junqueiro, Gomes Leal. Nada de livros prenhes de idéas, nada de livros complicados." (...), pp.406-407.

 

Mas não foi o conteúdo do artigo, mas sim as imagens que agarraram os meus olhos.
O equipamento que tanto enalteciam não passavam de prateleiras.

Em conversa posterior, fiquei a saber que na década de 50/ 60 do século passados, estas ainda podiam ser vislumbradas em alguns jardins. Hilariante!

 

O delírio foi total ao verificar a manipulação feita nas imagens: fotografias de jardins lisboetas enfeitados com móveis de sala, perdão, com "bibliotecas populares".

 


Com este singelo artigo ficamos a saber que:

- a fama da CML vem já de longe:
"Tem a Camara operarios que, em logar de madraçarem, se podem ir entretendo a construir pequenas estantes (...)";

 

- que ao fim de 90 anos a realidade mantém-se, levando-me a crer cada vez mais que o problema nunca foi do País mas das pessoas que lá habitam:
"E como Portugal é um paiz onde se lê pouco, cumpre que a leitura seja businada aos ouvidos da multidão como coisa digna de enaltecer. Isso seria uma pequena enxadada na terra negra do alfabetismo. Que ele ha mesmo quem seja analfabeto embora saiba ler e escrever...". p. 408.


Ilustração Portuguesa, um documento precioso.
AAVV, "Como o Povo Aprende a Amar a Sua Terra e os Seus Escritores", Ilustração Portugueza - Edição Semanal de "O Seculo", II serie, n.º 718, 24 de Novembro de 1919, pp.405-408.

Experimentar o luxo é...

 

... ter uma praia de areia branca e água cristalina e tépida só para mim.

E eu que nem aprecio a praia!


Tróia presentemente mais parece um estaleiro que um resort luxuoso. Acredito porem, que este pequeno paraíso dentro em breve será assaltado por vagas e vagas de multidões ruidosas: a ver pela abrangência do projecto, o futuro daquele espaço não se advinha nada simpático.

 

Não querendo tecer comentários de ordem ambiental ou urbanística, o certo é que junto à praia, sobre as dunas, pequenos prédios (3 andares) de aspecto delicioso foram aí implantados.
Pequenos quintais com convidativas piscinas em miniatura, passeios verdejantes que interligam os diferentes prédios, são a linha da frente que esconde os edifícios envidraçados de 10 andares (e outros mamarrachos).

O toque de modernidade de alguns edifícios é no mínimo curiosa.

 

 

Sinceramente não sei até que ponto Tróia irá suportar tal densidade populacional.
Certo porém, que dificilmente tornarei a ver aqueles 2 gentis visitantes assim que a marina e o resort estiverem a funcionar plenamente.

 

Atuns

Enquanto tentava descortinar o que via ao mesmo tempo que procurava alcançar o meu telemóvel e câmara, tropeçando com a minha atrapalhação, ía partindo o pescoço nos 2 palmos de água tépida de Tróia.

 

"Atuns em Tróia?"

Era a pergunta que o meu subconsciente teimava (e ainda bem) em não digerir.
Nada como um telefonema, um pouco histérico admito, para "aqui".

 

Link do vídeo.

 

 

Mas a questão que se coloca é:
- porque razão eu mais facilmente acreditaria que a uns meros 50 metros estariam atuns e não 2 golfinhos a chapinhar nos baixios?

Atuns... onde raio fui buscar os atuns?!?

Há coisas que não lembram ao Diabo...

Scotty and McCoy: I'm loving it

Gosto de muitas coisas, mas ficção científica de certeza não será uma delas.
Apesar de me recordar de ter acompanhado a série Star Trek, nunca a consegui perceber: além do mais sempre considerei o Sr. Spock irritante e o Mr. Kirk um pateta (a esta altura, o D. estára a ter uma ataque AVC caso tropece nestas linhas).

 

Com esta introdução e claramente não pertencendo ao mega clube de fãs, nem tão pouco ao clube de fãs assim-assim posso dizer que:

 

- a irritação passou logo ao despejar os meus olhos sobre o Mr. Scotty (Simon Pegg) e o Dr. McCoy (Karl Urban): estão muito bem apanhados - só eles me impediram de abandonar a sala.

 

  


- o Mr. Spock há ali qualquer coisa que não cola e ainda estou a tentar perceber o quê;
- a utilização de flashes e estrondos foi abusiva: saí quase cega da sala de cinema;
- o Mr. Kirk, colou, para meu grande espanto;
- pela primeira vez gostei de ver "trabalhar" Eric Bana;
- achei hilariante que o conceito base da série continua a mesma: quando não se sabe explicar as coisas, remete-se para "a coisa vermelha".

 

Assim:
 

- se forem fãs de FC, irão deliciar-se;
- se não forem fãs de FC, não vai ser este o filme que vos fará mudar de opinião.

IV Grande Desfile da Máscara Ibérica

Dia 16 de Maio, a Baixa Pombalina foi invadida pelas Terras Altas: Transmontanas e Galegas.
Não querendo perder nada, coloquei-me corajosamente na linha da frente para lhes fazer frente.

Na altura pareceu-me boa ideia.

 

Invadindo completamente o nosso espaço privado, damos por nós a sermos empurrados, achocalhados, a levar com bexigas cheias de ar na tola, a sermos perseguidos por caveiras de vacas, a fintar seres grotescos que nos pedem uma festa ou grunhem para nós.
E com tanto abuso, nem nos importamos. Nem eles se importam quando lhes agarramos as máscaras para sentir a textura. Não resisti, sou pior que os espanhóis.
Fazemos parte desta caótica Festa.

 

Os grupos misturavam-se quando faziam investidas (como os de Verín vs Aliste), espalhando o caos e gargalhadas, para depois rapidamente se separarem e continuarem mais ou menos ordenados nesta "procissão".

 

 

Neste desfile vi, em versão espanhola, os "famosos" e geniais Homens-Verde (personagens fantásticas cobertas de vegetação - representadas em "N" salvas de prata que podem ser vistas no MNAA), os homens-besta, demónios de máscaras cobertas de suaves peles de carneiro ou de cabra, caçadores com velhos chapéus de raposa ou máscaras de lobos, homens altíssimos cobertos de peles e de rosto escondido sob uma grotesca máscara ou vestidos com preciosos rendilhados e pesados chocalhos.
Nós Portugueses, estávamos representados pelos coloridos e travessos caretos.

 

Foi engraçado comprovar como nós somos sempre os mais rústicos: a diferença de trajes era abismal.

 

 

 

 

Ao contrário do que esperava e tendo em conta que quem estaria por perto já saberia o que lhe esperaria, quem desfilou naqueles estranhos fatos não insistiu junto de quem (já) não queria ser levado para o maralhal: procurava um outro alvo.

 

Apesar da diversão, era um desfile assustador para a maioria das crianças e estas tentavam demover os pais a não aproximarem-se.
Os sonoros chocalhos e o pesado som dos tambores, não ajudavam.


Alguma informação sobre os grupo participantes (edição de 2007), AQUI.
Site da organização do Desfile 2009, AQUI

 

Gaiteiros de Viana do Bolo

Realizou-se ontem em Lisboa o desfile de Máscaras Ibéricas.
Este foi pautado principalmente pela presença espanhola: Ourense, Leon, Zamora e Astúrias.

 

No meio daquela profusão de cor, ruído e cheiro (alguns participantes estavam cobertos de peles), parecendo sair de um conto de fadas, surge uma comitiva ordenada, sóbria com participantes escolhidos a dedo.

 

Os seus elegantes trajes preto e roxo, as suas camisas brancas com pontos em ajur, (como se vê no vídeo) os seus corpetes ricamente bordados, os brocados das suas saias, o tecido rico que revestia as gaitas de foles, o grupo de percussão, a sua forma de estar discreta, elegante e altiva, levou-me erroneamente a crer que pertencessem ao Principado das Astúrias.

 

Depois de cingir a pesquisa ao norte de Espanha e acabar no site da organização (dah), lá descortinei as origens daquele grupo: Grupo de Gaiteiros de Viana do Bolo – Galiza.

 

 

Fixei-os ao ponto de se tornar embaraçoso...

Pesquisando um pouco mais, estes participam correntemente no "Campeonato de Cuerpos de Percusion", "Campeonato Galego de Bandas de Gaitas" e pertencem à "Liga Galega Bandas de Gaitas em Manzaneda".

Segundo alguns comentários mais inflamados, estes não serão assim tão bons, faltando-lhes alguma força nas suas actuações.

Mas para mim, só naquele bocadinho, achei-os muito belos e o máximo!

 

Link do vídeo.
 

Numa breve nota: a 2ª fase deste campeonato realizou-se em Aveiro nos dias 4 e 5 de Abril....

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