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smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

smobile

conceitos sob o ponto de vista do observador

Sade, dis-moi, qu'est-ce que tu vas chercher?






Quem não se recorda de Enigma que tanto furor fez no primórdios da década de 90 (do século passado)?

Quem nunca dançou ao som de "Sadeness"?

Quem nunca pronunciou:
Turn off the light, take a deep breath, and relax
Let the rhythm be your guiding light (in The Voice Of Enigma)

Quem nunca cantou:
Don't care what people say
Just follow your own way
Don't give up, and use the chance
To return to innocence. (in Return to Innocence)


Quem nunca escutou, numa tarde de calor de 360º à sombra, numa sala na penumbra, Morphing Thru Time?


... provavelmente muita gente.





Este grupo leva a "arte" da coerência sonora à risca e sem nunca cansar... fala uma fã que, não apreciando o género musical onde os Enigma se inserem, vai acompanhando os lançamentos destes.

Os dois clips escolhidos têm um salto temporal de 8 anos.
O primeiro de 1992 e segundo de 2000, separados por outros dois albuns editados (um em 1994 e o outro em 1996).


Apesar das semelhanças entre eles, o encanto continua, e o conceito temático subjacente mantém-se sendo neste último mais explício.


Na sua página no MySpace, os Enigna oferecem na sua rádio todos os seus trabalhos.
Para ouvir, basta clicar AQUI.




O Sapo que espreita sob as saias alheias



Porque ninguém tem obrigação de atender a pedidos;
Porque a simpatia pode ser genuína;
Porque um pequeno gesto pode ser grandioso.


Gosto de pequenos gadgets.
Tanto que volta e meia vejo-me nos cantos recônditos de uma qualquer Loja dos chineses ou perante um pacote com um lacinho - um souvenir mecânico ou electrónico que alguém trouxe de um qualquer país.
Não precisa ser espampanante. Basta ser diferente.

Obrigada a esta senhora, e também ao vizinho.

O Segredo do Rio

 

O Segredo do Rio, inserido no "Plano Nacional de Leitura - Ler +", conta a estória de um menino que trava amizade com uma carpa.
Mostrando alguma preocupação ambiental e focando aspectos sociais do "rural profundo", Miguel Sousa Tavares retrata a relação destes dois amigos e o modo como conseguem superar as vicissitudes.

Este singelo livro tem aguarelas de Fernanda Fragateiro, um regalo para a vista.
O pormenor de um sapito sempre presente, é muito simpático.

Informação:
TAVARES, Miguel Sousa, O Segredo do Rio, Oficina do Livro, 12ª tiragem, 2007



(7/10)***
>> Maria
 

Apreciadores do silêncio

Aos Domingos, a partir das 03 da manhã, o canal VH1 dedica o se tempo de antena ao Chill Out.
Entre os mais ou menos clássicos (Saint Ettiene), ou os mais ou menos recentes (Moby), as batidas são semelhantes e sempre compassadas, mas nem sempre relaxantes e muitas vezes enervantes.

No entanto tropecei em algo que levaria ao Zen mesmo o sujeito movido a cafeína. Alguém como... eu.





Imagens de dourados bosques, belos riachos , num som suave misturado com sons naturais, hipnotizam o espectador.
Um caminhante calcorreia as margens até entrar em cena num grupo de religiosos. Assim começa o seu caminho para alcançar o topo da montanha.

No silêncio da sala, reportamo-nos a esse bosque de árvores de folhagem que percorre o variado espectro dos vermelhos.

Infelizmente não fiquei com o nome da música nem do autor... pois entretanto perdi noção de tempo.
Fica contudo o excerto gravado com Webcam ....
Aquele que souber o nome disto, que deixe a referência na caixa de comentários.

 


Mas foi com agradavel surpresa e espanto que vejo passar The Brotherhood, com o seu Alphabetical Response.

Para já só falta um solo de DJ Krush - a minha cerejinha em cima do bolo.



Pelo MEU direito à escolaridade

Seria caso para rir se não fosse dramático.

É comum os cursos com o chamado horário pós-laboral começarem às 18h00. No entanto muitos adoptam o começo às 19h00.
É normal: a população activa tem o seu horário laboral das 09h00 às 18h00.
É senso comum.
Mas será assim tão óbvio?

Basta percorrer as ofertas de Mestrados ou de Pós-Graduações ligadas à Cultura e Artes para compreender que o que parece ser tão linear, na mente dos "iluminados" assim não é.

O caso torna-se gritante quando ao expor o assunto junto dos balcões das reitorias, terem o descaramento de diz para se faltar ao emprego alegando o estatuto de trabalhador estudante.
Depois de desistir de explicar que as coisas na "vida real" não são assim e que também existe um compromisso tomado com o patrão, perguntei-lhes se me dariam emprego, caso fosse despedida.


Considero cruel que, perante a realidade nacional, alguém tenha a coragem em mostrar como opção viável o faltar ao emprego.








Então, que faltasse à primeira aula e pedisse os apontamentos das aulas.
Pois claro, disse eu, pago por algo que não usufruo, perco todos os dias uma aula, que (na maioria dos casos) seria sempre a mesma e acabaria por não acompanhar devidamente a matéria.

Não seria muito mais fácil e logico(!!) alterar o horário? Uma hora. Uma hora bastaria para que existisse mais manobra para os possíveis interessados.


Acho "piada" as autoridades estatais pretenderem fomentar a especialização, o desenvolvimento educacional, etc.etc.etc., quando o acesso às mesmas continua a ser elitista.


Continuo sem compreender.
Será assim tão difícil de compreender...?


Como apontamento, um dos locais onde ocorreu esta estúpida conversação foi no ISCTE.


Outro apontamento:
Cascais gaba-se de fazer imensos mini-cursos e workshops sobre pintura, artes decorativas, etc..... mas todos eles em pleno horário laboral, pois claro.
Ou não se tratasse de Cascais, 'tá a ver?
Não será então de estranhar que qualquer que seja o evento/ iniciativa, se vejam sempre as mesmas caras.



O meu baixar os braços esteve mesmo agora para ocorrer perante mais uma destas situações... não fossem os Bee Gees e o seu Staying Alive.
AAHAHAHAH!

Aquilo é que são boas vibrações!




Pescadinha de rabo na boca: "Os notáveis, e a blogosfera javardola"

"Do que o senhor jornalista se esqueceu, foi de que a Blogosfera não é constituída, exclusivamente, pelos notáveis que escrevem também em órgãos de comunicação social tradicionais. Se calhar não se esqueceu, não sabia. Não perguntou. (...)"


"No "Blogómetro, um ranking de popularidade gerido pelo portal "weblog.com.pt", o senhor dividiu bem a coisa. Os notáveis, e a blogosfera javardola (embora esta expressão não tenha sido usada pelo próprio). (...)"

"Eu entendo que, para quem se movimenta na blogosfera intelectual, todo o resto do que se escreve nos blogs possa ser desinteressante. Não entendo é que o jornalista adopte a mesma postura.
É minimalista, e está a prestar um mau serviço aos seus leitores. (...)"


Ler artigo, AQUI - pela guru Jonas "Nuas"


É ou não verdade que cada vez mais "jornalistas" falam-falam-falam, ou escrevem-escrevem-escrevem (depende do suporte) e não dizem nada?

Se é assim tão fácil escrevinhar, bastando ser um "curioso" na área, como raio não consigo um emprego daqueles? ...
Pergunto-me se será também necessário o factor "C"...?

Ai Maria-Maria, desabafa para aí, pode ser que alguém te oiça: oferece-se para pseudo-jornalismo, uma administrativa-faz-tudo com formação em Artes.




Magia na Grande Cidade





Que fazes nas entranhas da Grande Cidade?
Espírito da Floresta, busco o teu Silêncio.


Percorre-se sinuosos trilhos até ao topo, onde estonteante, sem fôlego, os caminhantes perdem-se nas brumas da manhã.
Não muito longe, o som familiar das pombas lisboetas, dão lugar ao cantar irritado da comunidade de periquitos - ou qualquer outra ave exótica do género, que rapidamente um grupo de especialistas madrugador parece identificar.

Não presto atenção às gargalhadas. Não me interessam. Invadem o meu espaço com a sua ruidosa presença.

Perco-me nas raízes da Árvore, que docemente abraça-me e depressa ampara-me ao ver-me escorregar no musgo verde, saturado de orvalho. Imprudente, parece sussurrar enquanto, já sentada e sob sua protecção, rio-me da minha triste figura.


Informação adicional:
Jardim Botânico, Lisboa
Horário: Terça a Domingo
Entrada: 1,50 € (só descontos para estudantes e seniores)



Pulo do Lobo, favor fechar o portão depois de passar




A caminho de Mértola situa-se o Pulo do Lobo.
Ia com grandes expectativas quanto a este local, que não esmoreceram mesmo com alguns percalços no caminho (a seu tempo clarifico).
Estas não saíram goradas, sendo até ultrapassadas.

O Pulo do Lobo é um estreito escarpado onde, segundo consta, os lobos geralmente utilizavam para atravessar o rio Guadiana. Esta passagem também seria utilizada por contrabandistas.

Como chegar, eis a"grande aventura".
Para quem gosta da estrada, sabe bem que no interior do país é muito fácil alguém perder-se: falta de placas direccionais/ informativas, informação incorrectas nos mapas, estradas antes transitáveis, agora praticamente caminhos de cabras ou cortadas.

É comum atravessar de Espanha para Portugal, e ver-me no meio de nenhures, num cruzamento não indicado no mapa tendo apenas como companhia uma ovelha tresmalhada a olhar curiosa para o carro.

... enfim.





Segundo indicações fornecidas pelo departamento turístico de Mértola, para chegar ao Pulo do Lobo, seria percorrer a N122 e no cruzamento da N123, cortar em direcção ao rio. O local estaria devidamente identificado.

No entanto, verificando no mapa de 2008 (...finalmente actualizei os meus documentos cartográficos... E FIZ MUITO MAL!!), vejo que haveria uma alternativa, atravessando os montes, embrenhando-se no Parque Natural.

"Porreiro Páh!",
pensei.

Péssima ideia, e deixo aqui o itinerário para futura referência a algum interessado que por aqui tropece.

*****


O que não fazer, caso não tenha um jipe ou uma carrinha "Ranger-do-Texas"

- depois de passar Beja, seguir em direcção Savada/ Cabeça Gorda.
- em Salvada (com uma igreja de traça bonita), seguir por uma estrada estreitinha em direcção a Vale Russins.
- perante uma duvidosa terra batida cortei para Vale Rossins.







Vale Russins, é um aglomerado de casas onde Judas perdeu os calções, com galos que ultrapassam o joelho.
Sem vivalma à vista, lá fui batendo às portas até alguém sair lá de dentro.

Pretendia seguir para o Pulo do Lobo.
Fui informada por um senhor muito-muito idoso, quiça do tempo de D. Afonso III, que muito dificilmente subiria o morro. Mas pior seria em atravessar a ribeira.

(err... Ribeira? Qual ribeira? - Olhava eu para o mapa!)


Surgiu então um jovem adulto numa caixa-aberta (um cliché, se nos lembrarmos dos agricultores alentejanos): somente uma "4 X 4" não iria bater nas pedras das margens.

(Margens?!?! Mas a ribeira já vai com margens!?!?
- Olhava eu nos créditos o nome do responsável pelo mapa - descobri depois tratar-se da Ribeira de Terges)

Perante um panorama tão negro, e com receio de fazer as manchetes do "24 Horas", retornei ao ponto de origem.

Já na civilização, e fazendo os 70 km, em vez de 20km se fosse por Vale de Russins, em dois cruzamentos, devidamente identificados com a direcção para Vale do Pulo.


Não se assuste aquele que ao fim de meia hora não der com o local: a estrada de inicio boa, torna-se má ao atravessar Amendoeira, ficando depois medonha - mas a vista vale a pena.


Também não estranhe aquele que der com um portão azul: o Pulo do Lobo fica numa herdade, na Herdade Pulo do Lobo.

Pode-se passar (...acho.... humn)... mas feche depois: não custa nada respeitar a propriedade privada, principalmente havendo gado à solta.


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